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Sporting-Portimonense, 3-0 (crónica)

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O Marquês ali ao fundo

O Sporting-Portimonense foi um clássico.

Em primeiro lugar, porque os leões somaram a 16.ª vitória em 16 jogos em Alvalade na Liga.

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Depois, porque todos os jogos com a equipa Algarvia em Lisboa terminaram com triunfos do Sporting.

E ,depois, pela repetição dos comportamentos habituais de uma equipa que todos os adversários conhecem, mas que tem sido, ainda assim, a melhor das 18 da Liga e está agora a um mero ponto (ou talvez nem tanto) de voltar a sagrar-se campeã nacional três anos depois.

Como naquele minuto 13 em que, tal como Coates há uma semana no Dragão, Gonçalo Inácio lançou Nuno Santos pela esquerda e este cruzou para o 1-0 não de Gyökeres, mas de Paulinho, a figura da tarde/noite em Alvalade.

Conhecedor das virtudes do Sporting, Paulo Sérgio procurou condicionar a largura da equipa de Ruben Amorim. Mais do que homens de ataque, os extremos foram muitas vezes laterais numa linha defensiva que chegava a ter seis homens, mas que, nem assim, conseguia evitar uma avalanche de ocasiões de golo.

É que o conhecimento que os adversários têm sobre uma equipa não faz dela necessariamente uma equipa óbvia. Porque os processos do melhor projeto de Ruben Amorim em quatro épocas e meia em Alvalade, ainda que sejam tantas vezes repetidos, são muitos.

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Tantos que por vezes até parece que tem mais jogadores em campo. Quando o adversário sobe linhas, o Sporting estica o jogo; quando o adversário se recolhe atrás, alarga-o; quando se acha que vai por um lado, acaba por escolher o outro; ou, quando se acha que vai construir de forma paciente, acelera num estalar de dedos.

Neste sábado, mais do que a uma exibição segura, os espectadores que lotaram Alvalade participaram numa celebração. A uma das maiores lendas da história do clube, Manuel Fernandes, que foi homenageado com cartolinas, ao som de Jorge Palma e pelas palmas e vozes de quase 50 mil pessoas.

Também na celebração antecipada de um título que está aí ao virar da esquina e que só um final perfeito de Liga do maior rival aliado a uma catástrofe poderia tirar.

Na vitória do Sporting sobre o Portimonense por 3-0, houve quase tudo o que tem feito dos leões a mais competente das equipas do campeonato.

A segurança defensiva de quem não permite ao adversário uma única aproximação perigosa em 94 minutos de jogo. Mas também a agnegação de Ricardo Esgaio, entregas perfeitas de Nuno Santos, a fantasia de Francisco Trincão e duas grandes exibições.

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A de Nakamura, que evitou que uma vitória já de si expressiva atingisse números ainda pesados, mas que talvez se ajustassem face ao caudal ofensivo dos leões.

E a de Paulinho, o melhor jogador do Sporting com um golo e uma assistência para o segundo golo apontado por Trincão.

Houve também um golo de Gyökeres, numa má tarde que, ainda assim, o sueco fechou com o golo que Alvalade ansiava.

Enquanto houver estrada para andar, o leão vai continuar. Mas o Marquês está já ali.

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