O Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Portugal Telecom (STPT) vai pedir esclarecimentos a Henrique Granadeiro, ao Governo e aos reguladores, sobre a intenção de despedir mais de 600 trabalhadores da empresa em 2008.
O presidente da STPT, Jorge Félix, garantiu à «Agência Financeira», que o sindicato «quer saber se esta intenção vai mesmo para a frente e de que forma». Por isso, considera que além do CEO da PT, também o Governo, a Autoridade Nacional das Comunicações (Anacom) e a Autoridade da Concorrência (AdC) tem uma palavra a dizer.
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«Havia necessidade de reduzir 2 mil postos de trabalho, mas sem datas»
Tudo porque ontem o presidente da empresa, Henrique Granadeiro anunciou que a PT vai despedir «um pouco mais» de 600 trabalhadores no próximo ano.
«Infelizmente já vem sido hábito. Nos últimos cinco anos, a PT despediu mais de 10 mil pessoas», disse Jorge Félix, que lembrou que Henrique Granadeiro já falava «da necessidade de reduzir 2.000 postos de trabalho», mas sem anunciar datas.
Agora é hora «das três entidades se sentarem à mesa e criarem um compromisso, sem por em causa os portos de trabalho da PT», sublinhou o presidente do STPT, que acrescentou que esta foi a primeira vez que a administração falou de despedimento colectivo, o que «é grave».
«Sabemos que há necessidade de reduzir custos e postos de trabalho, mas não pensávamos que acontecesse de forma tão extrema» disse à «Agência Financeira», depois de salientar que «o Governo vai ter que se meter nisto».
Para o líder do sindicato, a culpa é da regulação. «Há necessidade de regular para permitir investimentos na PT», disse depois de garantir que «não admite que os trabalhadores estejam a ser utilizados como arma de arremesso contra a Anacom».
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