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EUA querem força da ONU no Darfur

Apelo da Casa Branca acontece após ataque contra missão da União Africana

A Casa Branca apelou hoje para o destacamento «o mais rapidamente possível» de uma força de paz da ONU para o Darfur (oeste do Sudão), após o ataque de sábado contra a missão da União Africana (UA), noticia a Lusa.

«O que o presidente quer é que a força de manutenção da paz da ONU chegue o mais rapidamente possível porque estamos determinados a manter o nosso compromisso de pôr fim à violência e de dar assistência aos que sofrem», disse Dana Perino, porta-voz da Casa Branca.

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«O desastre humanitário a que assistimos naquela zona é muito preocupante» e a comunidade internacional deve pôr-lhe fim, disse ainda.

De acordo com o último balanço, 12 homens morreram, oito ficaram feridos e 40 estão dados como desaparecidos após o ataque de sábado, o pior sofrido pela missão da UA no Darfur (Amis na sigla em inglês) desde que chegou à região no Verão de 2004.

O Alto Representante da União Europeia para a Política Externa e de Segurança, Javier Solana, e a Comissão Europeia condenaram hoje «firmemente» o ataque.

Recordando que o ataque ocorreu «num momento particularmente sensível, pouco antes do início de novas discussões de paz», Solana apelou a «todas as partes a agir de forma responsável, a renunciar à violência, a respeitar o cessar-fogo e a concentrar-se nas futuras negociações de paz».

Negociações de paz entre o governo e os grupos rebeldes que não aceitaram o cessar-fogo estão previstas para 27 de Outubro, na Líbia.

Segundo o porta-voz da missão da UA no Sudão, Nuredin al Mazni, o ataque foi perpetrado por um grupo armado desconhecido, que assaltou a base militar de Has Kanita, em Darfur.

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Um porta-voz das forças armadas da Nigéria, Solomon Giwa Amu, disse que o mortífero ataque pode levar o seu país a reconsiderar o seu compromisso em relação à missão.

Segundo o porta-voz, dos 12 mortos, nove são nigerianos, um senegalês, um do Mali e outro do Botswana.

A União Africana dispõe cerca de 7.000 soldados em Darfur, que aguardam, para os próximos meses, o envio de uma força mista de 26.000 efectivos das Nações Unidas e da própria UA.

A crise no Darfur, que já provocou mais de 200.000 mortos e centenas de milhares de refugiados, remonta a Janeiro de 2003, quando dois grupos rebeldes, o Movimento de Libertação do Sudão e a Organização para a Igualdade e Justiça, se levantaram contra as milícias árabes Yanyauid, apoiadas pelo governo de Cartum.

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