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«Acordo de noite para fumar»

Começou para «parecer mais adulto», agora, vício de 16 anos é difícil de largar

Aos 13 anos parecia mais adulto com um cigarro na mão. A pressão social e a influência dos amigos levaram Luís Pires a experimentar o tabaco. Dois anos depois, já fumava regularmente cigarros que «cravava». O vício do tabaco piorou quando começou a poder comprar.

Agora, com 29 anos, este publicitário fuma um maço de cigarros por dia e não consegue livrar-se do vício. «Já tentei por três vezes, mas o máximo que aguentei foi um dia». «Decido que não fumo mais», mas depois, «a vontade é mais forte e volto a fumar».

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Uma das vezes experimentou adesivos. «Realmente a vontade diminui, mas isso só não chega», explica. Saber que não vai poder fumar deixa-o nervoso. «Um dia, estava de férias no México, numa ilha sem cafés, nem restaurantes, e fiquei sem tabaco. Eram 22 horas. Comecei a ficar nervoso, não só por não poder fumar mais à noite, mas também por não ter cigarros para a manhã, que é quando tenho mais vontade». Luís Pires começou então a chatear o mexicano que o alojou, até que este encontrou um vizinho que tinha tabaco e lhe deu três cigarros.

Mas nem só em ilhas desertas este problema se põe. «Em viagens longas, tento dormir o mais possível, senão fico nervoso por não fumar», explicou.

O vício do tabaco não tem horários e o jovem conta que «às vezes acorda de noite só para fumar e, como não consegue suportar o sabor do cigarro em jejum, come de propósito para poder fumar».

Quando a nova lei for aprovada, a vida de fumadores como este vai complicar ainda mais, mas Luís Pires garante que não vai frequentar estabelecimentos onde não possa «puxar de um cigarro». «Custa-me ir a um café ou um restaurante e não poder fumar».

Já lhe aconteceu, noutros países, estar em sítios onde fumar é proibido, mas o publicitário afirma que isso não o faz fumar menos. «Fumo antes e depois de sair dos bares», garante.

No entanto, o jovem diz que gostava de deixar de fumar, mas «há vícios que se criam e dos quais é difícil abdicar». Além dos «efeitos físicos», Luís Pires realça os efeitos psicológicos: «No meu trabalho, o tabaco ajuda-me a pensar, a concentrar-me» e, mesmo quando não pode fumar no escritório, «vou lá fora fumar e volto mais inspirado», garante.

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