«Concerteza que não é uma boa notícia, porque as famílias portuguesas, nomeadamente as que têm níveis de endividamento mais elevados, irão sentir o impacto desta elevação das taxas de juro», disse esta terça-feira Fernando Teixeira dos Santos num intervalo da reunião dos ministros das Finanças dos 27, no Luxemburgo.
O responsável governamental recusou-se a comentar a medida do BCE, considerando que a autoridade monetária europeia é independente do poder político: «Não devo comentar da oportunidade e da oportunidade dessas decisões», disse.
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«É de facto um aspecto negativo que está para além do poder de intervenção do Governo», insistiu.
Teixeira dos Santos recordou que, mesmo assim, as taxa de juro, apesar destas subidas, continuam ainda a níveis que são «relativamente baixos» em comparação aos níveis históricos de há alguns anos.
Segundo vários analistas nacionais e europeus, o BCE deve subir quinta-feira a taxa de juro de referência da Zona Euro para os 4,0 por cento, o valor mais elevado desde meados de 2001.
A confirmar-se esta previsão de aumento de 0,25 pontos percentuais do preço do dinheiro após a reunião do Conselho de Governadores de quarta-feira, esta será a oitava subida desde Dezembro de 2005.
Numa altura em que a Zona Euro atravessa o seu período de crescimento económico mais forte da década, o BCE está preocupado com a hipótese da subida dos riscos de pressões inflacionistas, já que a queda do desemprego pode pressionar a procura.
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