Cerca de 10 anos depois de algumas tentativas, o projecto tridimensional do mosteiro de Santa Clara-a-Velha tem finalmente «visibilidade pública», como afirmou Luís Almeida ao tvi24.pt. Desenvolvido pelo Centro de Computação Gráfica da Universidade do Minho em colaboração com IGESPAR, o vídeo pretende levar os visitantes do núcleo museológico e do próprio mosteiro numa viagem no tempo, mostrando a evolução temporal do monumento.
O responsável pelo desenvolvimento de projectos na área da Herança Cultural do Centro de Computação Gráfica, Luís Almeida, falou ao tvi24.pt, explicando que após alguns anos de tentativas neste projecto, conseguiu-se agora, depois de reunidas todas as condições necessárias, desenvolver-se um vídeo tridimensional, recriando virtualmente o espaço do mosteiro de Santa Clara-a-Velha.
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Este vídeo permite aos visitantes do núcleo museológico e do próprio mosteiro, aberto ao público recentemente, perceberem a história em volta do monumento, inclusive as várias intervenções arqueológicas realizadas. Ao longo de cerca de 13 minutos, é apresentado ao visitante o que de mais importante aconteceu ao mosteiro de Santa Clara-a-velha durante os seus seis séculos de história.
Segundo Luís Almeida, este vídeo mostra a «história ligada às cheias e os caprichos do Mondego», sendo visíveis mesmo àqueles que não puderam acompanhar os acontecimentos.
Além da visibilidade pública, este projecto, recorrendo a animações e elementos de elevado realismo visual, pretende ainda atingir uma vertente lúdica e educacional, assim que desenvolvidas novas aplicações neste âmbito, permitindo a «visualização conjunta da ruína e a sua reconstituição virtual, para além de simulações realistas da vida monástica e do quotidiano das clarissas», disse Luís Almeida.
Este projecto demorou cerca de um ano a ser concretizado, devido às dificuldades que qualquer projecto com esta dimensão comporta, envolvendo uma reconstituição virtual de uma ruína. Foi feito com «avanços e recuos» tal como disse Luís Almeida ao tvi24.pt, uma vez que nem sempre era fácil adequar os estudos arqueológicos às imagens animadas.
Recorrendo às técnicas e tecnologias de computação gráfica e à realidade virtual em particular, consegue-se agora viajar no tempo naquele conjunto monástico, podendo visualizar-se desde a sua fundação até ao estado em que se encontra no início da década de 90.
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