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Cientistas estão perto de localizar a «partícula de Deus»

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Pesquisa será «apaixonante» nos próximos meses

Os cientistas dedicados à procura do misterioso Bosão de Higgs, também conhecido como a «partícula de Deus», anunciaram terem dado passos importantes para localizar a que é considerada a mais elementar das partículas atómicas constitutivas do universo.

«É ainda demasiado cedo para tirar conclusões definitivas. Há ainda necessidade de acumular mais dados, mas estabelecemos fundações sólidas para a pesquisa apaixonante que se seguirá nos próximos meses», afirmou Fabiola Gianotti, responsável pela experiência ATLAS conduzida no acelerador de partículas do Centro Europeu de Investigação Nuclear (CERN, na sigla em francês).

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O Bosão de Higgs é ainda uma formulação teórica, mas, se as experiências realizadas no CERN - divulgadas esta terça-feira numa conferência transmitida via Internet - confirmarem a sua existência, ficará aberto o caminho para a explicação da constituição de toda a matéria do universo.

O cientista francês Bruno Mansoulié, que participa nas experiências para localizar «a peça que falta» no puzzle da constituição do universo, disse na conferência que «o que falta saber (sobre a partícula fundamental) é se existe realmente e qual é a sua massa, questões que os cientistas esperam estar mais próximos de poder responder.

Durante este ano, o acelerador de partículas do CERN - um «túnel» em circunferência com 27 quilómetros de extensão construído a 100 metros de profundidade junto à fronteira suíço-italiana - produziu 400.000 colisões de partículas sub-atómicas - uma espécie de simulação do momento fundador do universo, o chamado Big Bang - que permitiram aos cientistas acumularem dados importantes para a busca do Bosão de Higgs.

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«Esta acumulação de dados permite assinalar um progresso sensível na busca do Bosão de Higgs, mas não é suficiente para decidir sobre a existência ou não existência dessa partícula fugidia», diz o comunicado do CERN.

As experiências ATLAS e CMS, realizadas pelos cientistas que trabalham com o acelerador, produziram colisões de protões, em cujas «explosões» de partículas os investigadores esperam conseguir encontrar a marca do «tijolo mais básico» da constituição de toda a matéria.

O comunicado do CERN conclui que «não será certamente necessário esperar muito tempo para ser obtida a necessária quantidade de dados e é possível esperar que o enigma seja resolvido em 2012».

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