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Viagem ao mundo da Ciência

O novo director do IBMC/INEB, Claudio Sunkel abriu as portas dos laboratórios e falou dos novos desafios que se colocam aos investigadores

Aumentar a ligação às empresas, atrair e formar empresas e continuar a apostar numa investigação de excelência. Estes são os principais objectivos do novo director do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC) e do Instituto Nacional de Engenharia Biomédica (INEB) da Universidade do Porto, o chileno Claudio Sunkel, que substitui Alexandre Quintanilha.

Numa altura de passagem de testemunho, este investigador, há 20 anos em Portugal, abriu as portas dos institutos ao IOL e ao site da TVI24 e fez-nos uma visita-guiada ao mundo da Ciência para conhecer o que de melhor se faz em Portugal em matéria de investigação científica.

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O IBMC/INEB foi um dos primeiros laboratórios associados (um conceito atribuído a unidades de excelência) em Portugal. 16 anos depois da sua criação, e com uma equipa actual composto por 170 doutorados e cem alunos de doutoramento, o desafio passa por optimizar o trabalho desenvolvido pelos investigadores. Claudio Sunkel explica como.

«Uma descoberta tão simples como um programa de computador que faz algo que nenhum outro fazia pode ser vendido», exemplifica o novo director do IBMC/INEB. A área de trabalho deste investigador, a divisão celular, é, aliás um bom exemplo de como é possível passar da investigação científica para a prática clínica.: «Há vários medicamentos em fase 3 de ensaios clínicos que vão ser utilizados no tratamento de cancros do pulmão e no cólon. O objectivo é travar a multiplicação celular e o crescimento desordenado das células».

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O Instituto de Genética Médico é também um exemplo feliz de aplicação do conhecimento às empresas. Aqui, explica Claudio Sunkel, «estudam-se as características dos materiais para que sejam compatíveis e adequados ao nosso organismo. E têm tido muito sucesso». Ouça e veja aqui.

No IBMC/INEB, acrescenta Claudio Sunkel, existe também uma «política de trazer pequenas empresas para trabalhar connosco em projectos de investigação». Uma empresa belga, sublinha, já contratou 30 investigadores destes institutos e já fez saber que pretende contratar mais 30.

Outro exemplo de forte ligação às empresas é o laboratório da investigadora Maria João Saraiva, que se dedica ao estudo da paramiloidose. «Faz o estudo da doença, o diagnóstico e ainda tenta atrair laboratórios para aplicação de fármacos que permitam travar a evolução da doença. Existe, aliás, uma forte ligação com uma empresa italiana», explica Claudio Sunkel.

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