As suas competências sociais em criança podem ter determinado as suas escolhas futuras e o seu sucesso na vida. Segundo um estudo que vai ser publicado na revista American Journal of public Health, as capacidades emocionais demonstradas nas crianças, desde o jardim infantil, podem indicar que nível de educação vão alcançar no futuro, assim como as perspetivas de emprego.
Para a investigação, os cientistas pediram a alguns professores que classificassem 700 alunos em oito categorias, pontuando até cinco as capacidades sociais demonstradas. Foram testadas características como o altruísmo, facilidade em partilhar e capacidade de resolução de problemas de forma autónoma.
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Anos mais tarde, os investigadores pegaram nos mesmos alunos, agora no final da adolescência e avaliaram-nos em cinco categorias: educação e emprego, auxílio público, atividade criminal, uso de drogas e estado mental.
Os cientistas descobriram uma ligação entre os indivíduos que tinham tido resultados mais altos nas competências sociais enquanto crianças, tinham mais probabilidade de serem bem-sucedidos nas cinco áreas, em adultos.
Os participantes com resultados mais baixos em criança apresentaram maior propensão para a criminalidade, problemas mentais e menor sucesso escolar, com 67% mais hipóteses de serem presos e 82% mais predispostos a viver numa instituição, até aos 25 anos.
Vários estudos já tinham encontrado provas que a aprendizagem de competências sociais e emocionais podem ser melhoradas durante a infância e a adolescência, o que reduz o determinismo desta pesquisa.
“Este estudo por si só não prova que maior competência social leve a melhores resultados, mas, quando combinado com outras pesquisas, é claro que ajudar a desenvolver estas capacidades aumenta as probabilidades de sucesso na escola, no trabalho e na vida”, disse Damon Jones, professor na Universidade estatal de Penn e autor da investigação.
“As boas notícias são que as competências sociais e emocionais podem ser melhoradas. O estudo mostra que podemos medir estas competências em criança de forma barate e eficiente”.
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