O administrador da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD) Jorge Gabriel revelou esta quinta-feira que a NASA e a ESA, as agências espaciais norte-americana e europeia, estão interessadas em desenvolver projetos de natureza científica nos Açores.
«Estabelecemos um conjunto de contactos com entidades internacionais, nomeadamente com a agência americana NASA e com a Agência Espacial Europeia [ESA], que têm interesse em desenvolver programas de natureza mais científica nos Açores», revelou.
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O administrador da FLAD referiu, por outro lado, que em cima da mesa está também um projeto de levantamento do lixo espacial, que põe em causa as missões espaciais.
Jorge Pereira revelou que a fundação está a trabalhar em outras iniciativas na área da ciência e tecnologia que possam potenciar o desenvolvimento económico dos Açores, como o «reforço significativo» da participação da região no programa comunitário Horizonte 2020.
«Esta ação passa por uma participação mais substancial e efetiva das empresas, câmaras de comércio e câmaras municipais, ou seja, todas as atividades que têm, de alguma forma, uma atividade económica, no sentido de permitir que muitos dos conhecimentos desenvolvidos na universidade possam justamente aportar valor económico a ser utilizado pelas empresas nos seus negócios», explicou.
Outro projeto apontado pelo administrador da FLAD prende-se com uma colaboração que está a ser desenvolvida com o MIT/Portugal e com a Fundação da Ciência e Tecnologia, para lançar um programa mais ambicioso no capítulo da gestão energética, que compreende as vertentes da mobilidade e gestão da rede, bem como a sustentabilidade das regiões.
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No âmbito do tratado comercial em negociação entre os EUA e a UE, e na sequência do estudo cofinanciado pela FLAD para avaliação do seu impacto no país, que incluiu um capítulo específico sobre os Açores, Jorge Gabriel revelou que está a ser trabalhado um outro estudo, para introduzir «maior detalhe» na caraterização.
O presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro, referiu, por seu turno, que acompanha com «muito interesse» e «atenção» o trabalho da FLAD, de forma particular o que tem reflexo nos Açores nos mais variados domínios.
«Numa apreciação global, que não podemos deixar de fazer, consideramos o trabalho interessante e que pode haver muito potencial nas áreas em que a FLAD está envolvida e, nomeadamente, naquilo que pode significar o resultado destes projetos para o desenvolvimento da região», declarou.
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