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Afinal, as dunas de Marte «movem-se»

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Estudo internacional «fornece pistas importantes para o rover Curiosity»

Uma investigação internacional liderada pelo instituto norte-americano SETI concluiu que as dunas da cratera de Gale, no planeta Marte, «movem-se» e «estão ativas», anunciou esta segunda-feira a Universidade de Coimbra.

As dunas da cratera de Gale, «ao contrário do que se pensava, movem-se», revela um estudo internacional no qual participa o investigador do Centro de Geofísica da UC, David Vaz, refere a Agência Lusa.

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Intitulado «Pervasive aeolian activity along rover Curiosity's traverse in Gale Crater, Mars», o trabalho mostra que as dunas «estão a mover-se a uma velocidade de 40 centímetros por ano terrestre (uma média de pouco mais de um milímetro por dia), indicando que a ação do vento é, muito provavelmente, o processo atual mais importante na modelação da paisagem na cratera de Gale», salienta uma nota da UC.

Esta descoberta «fornece pistas importantes para o rover Curiosity», que poderá «estudar in loco as condições atmosféricas e os mecanismos que permitem o transporte de sedimentos em Marte», sublinha David Vaz, que também é investigador no Centro de Recursos Naturais e Ambiente do Instituto Superior Técnico (IST).

A investigação, cujos resultados vão ser publicados na edição de abril da «Geology», foi iniciada em 2010 e utilizou imagens de satélite, recolhidas entre 2006 e 2011, pela missão «Mars Reconnaissance Orbiter».

A equipa de oito investigadores envolvidos na pesquisa correlacionou as estruturas sedimentares com modelos atmosféricos, demonstrando que «os ventos serão suficientemente fortes para manter atividade eólica nas condições atmosféricas atuais», adianta a mesma nota da UC.

David Vaz, o primeiro português doutorado em geologia de Marte, foi responsável pelo desenvolvimento do algoritmo (software) «capaz de fazer a cartografia e caracterização automática das estruturas sedimentares eólicas».

Genericamente, com base na imagem, «o algoritmo identifica as estruturas sedimentares (semelhantes a pequenas ondas, que se podem ver, por vezes, na areia da praia) e, a partir daí, obtém-se informação sobre a direção do vento na superfície do planeta».

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