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«Ciberdúvidas» poderá fechar por falta de apoios

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Portal online dedicado à Língua Portuguesa vive dificuldades financeiras

O Ciberdúvidas, portal online dedicado à Língua Portuguesa, poderá encerrar até setembro, se continuar sem apoios financeiros. O alerta foi deixado esta-terça-feira, no Parlamento, pelo responsável pelo projeto há 15 anos, José Mário Costa.

Nas contas dos responsáveis, o portal precisa «apenas do valor irrisório de 2 mil euros mensais para continuar», indicaram.

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Durante uma audição na Comissão de Educação, Ciência e Cultura, que decorreu durante a tarde, na Assembleia da República, José Mário Costa fez uma exposição das dificuldades atuais do portal, referindo que tem recebido o apoio da Fundação Vodafone, dos CTT, do Ministério da Educação, através de dois professores de português, e funciona em instalações cedidas pela Universidade Lusófona.

«Tentei contactar vários possíveis mecenas, desde entidades públicas e privadas, mas todas as respostas foram negativas», indicou à Lusa José Mário Costa.

O mesmo foi ouvido na comissão parlamentar por iniciativa do presidente da entidade, José Ribeiro e Castro, na sequência de notícias do possível encerramento da atividade do portal.

O jornalista - um dos fundadores do Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, em conjunto com o já falecido jornalista João Carreira Bom - disse aos deputados que o portal recebe 2,5 milhões de visitas por mês, provenientes de todo o universo lusófono e de falantes ou estudantes da língua portuguesa espalhados pelo mundo, «desde a China à Austrália».

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Em outubro, altura em que os CTT terminaram o apoio financeiro, «o Ciberdúvidas foi obrigado a parar parte da sua atividade, nomeadamente o consultório, que respondia habitualmente a uma centena de questões diárias», indicou.

«Sendo o Ciberdúvidas uma associação sem fins lucrativos que faz serviço público, não seria possível assinar um protocolo com o Estado português ou com uma entidade governamental, a fim de ser viabilizado?», foi a proposta apresentada pelos responsáveis pelo portal.

Todos os grupos parlamentares reconheceram a importância do projeto e fizeram algumas perguntas sobre a sua atividade e funcionamento, e o presidente da comissão parlamentar disse também que iria fazer «todas as diligências» ao seu alcance para que o Ciberdúvidas, «pela sua prestação de serviço público, continue».

O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda tinha enviado na sexta-feira passada uma pergunta formal ao secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, sobre as ações concretas que a tutela da Cultura irá promover, para garantir a continuação da atividade do Ciberdúvidas.

Contactado pela Lusa sobre o Ciberdúvidas, o gabinete de comunicação do secretário de Estado disse não ter comentários a fazer sobre esta situação.

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