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Ciberdúvidas vai de férias «sem certezas de voltar»

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Impulsionador do projeto lamenta «dificuldades de manutenção»

O Ciberdúvidas, plataforma digital cuja principal tarefa é a resposta a dúvidas de Língua Portuguesa, antecipou a habitual interrupção de férias, «mas sem certezas de voltar», disse à Lusa o jornalista José Mário Costa, impulsionador do projeto.

¿Antecipámos o habitual período de férias, por dificuldades de manutenção, e sem certezas de regressar, face a dificuldades financeiras¿, disse José Mário Costa à agência Lusa.

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O ex-jornalista disse que apenas se mantém o apoio da Fundação Vodafone ao Ciberdúvidas, não tendo conseguido captar apoios de grupos empresariais portugueses, nomeadamente os ligados à lusofonia

Fica assim suspensa a «atualização diária, incluindo o consultório» do sítio na Internet.

A «interrupção de férias» antecipada do Ciberdúvidas verifica-se no ano em que a plataforma celebrou 15 anos de atividade, passados no dia 15 de janeiro.

Na altura, José Mário Costa, em declarações à Lusa, mostrava-se otimista com os resultados, mas já apreensivo quanto ao futuro da plataforma, sobretudo pela insegurança de apoios, nomeadamente do Governo que, através do Ministério da Educação, «apenas [nomeava] dois professores».

As preocupações financeiras do fundador adensavam-se então com a saída de um dos patrocinadores e pela «precariedade de alguns protocolos estabelecidos», em particular com meios de comunicação social.

Na passagem dos 15 anos do Ciberdúvidas, José Mário Costa adiantara à Lusa que tinha em projeto uma plataforma «especialmente vocacionada para os cidadãos dos Estados Unidos e do Canadá, com o apoio da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento».

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José Mário Costa afirmou então que gostaria igualmente de desenvolver um «projeto específico para as realidades africanas», que só se encontrava na gaveta «pela falta de apoio financeiro».

O Ciberdúvidas surgiu em 1997, por iniciativa de José Mário Costa e do também jornalista João Carreira Bom, já falecido.

Ao longo de década e meia foi «o único [sítio] na lusofonia» exclusivamente dedicado à língua, com uma componente interativa, tendo originado um ritmo diário de cerca de 70 perguntas e 20 novas respostas, acabando por acumular mais de 30 mil respostas e de 40 mil textos de especialistas, sobre a língua portuguesa e o seu uso.

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