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Válvula para o coração de investigador português vence prémio

Inovação pode chegar ao mercado dentro de dez anos

O investigador português Ricardo Moreira foi premiado no concurso internacional «Future Ideas» pela sua tese sobre uma nova válvula mitral para o coração.

Segundo aquele investigador, as vantagens são a adaptação ao ambiente biológico, a capacidade de desenvolver tecido dentro do corpo do paciente e a ausência de risco de tromboembolismo.

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«O que há hoje no mercado são válvulas mecânicas e biológicas, mas que têm ainda muitas desvantagens», acrescentou.

Na prática, através daquele processo são retiradas células do próprio paciente, faz-se um molde e depois desenvolve-se uma válvula com aquelas células, idêntica à válvula nativa.

«Estou contente, porque desenvolvi uma tecnologia que poderá melhorar a vida das pessoas», admitiu Ricardo Moreira.

Aquela inovação, baseada na engenharia de tecidos, pode chegar ao mercado dentro de dez anos.

Ricardo Moreira fez a investigação no mestrado em Engenharia Biomédica da Universidade do Minho e concluiu-a no período Erasmus na Universidade Técnica de Aachen, Alemanha, com a nota máxima de 20 valores.

O seu trabalho «A new cardiovascular bioimplant: development of a mitral valve based on a tubular structure» foi um dos quatro laureados em Amesterdão, na final do Future Ideas, que teve 234 teses a concurso e a «cobiça» de muitos investidores.

O projeto de Ricardo Moreira foi já financiado pela Universidade Técnica de Aachen e prossegue no Instituto Helmholtz - Aachen, numa fase de testes pré-clínicos (em ovelhas).

O cientista, de 24 anos e natural de Marco de Canaveses, Porto, está a supervisionar a pesquisa e, em simultâneo, dedica o seu doutoramento a outro projeto na área das válvulas cardíacas.

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