Cerca de 20.000 israelitas estão a processar o Facebook, por permitir páginas de incitamento à violência antissemita, disse a ONG de Direitos Civis Shurat Hadin, com sede em Telavive, à agência Associated Press. A própria Organização Não-Governamental interpôs uma ação judicial contra o Facebook dias antes de mais uma morte que consideram premeditada e anunciada na rede social, desta feita do judeu norte-americano Richard Lakin, de 76 anos, num autocarro em Jerusalém. Richard Lakin, um pacifista que lutou ao lado de Martin Luther King na década de 60, e que atualmente era diretor escolar nos Estados Unidos, foi assassinado a 13 de outubro, com um tiro na cabeça além de ter sido esfaqueado, na sequência de um ataque de dois palestinianos, que feriram ainda outros passageiros. A família de Lakin entende que as empresas ligadas às redes sociais “têm de reconhecer as suas responsabilidades sociais e éticas” no sentido de banirem todas as publicações que incitem ao ódio e à violência, encorajando atos criminosos. De acordo com o filho Micah Avni, no dia a seguir à morte do pai foi publicada uma reconstituição do ataque ao autocarro, também acessível pelo Youtube. E que um dos palestinianos que atacou o seu pai manifestou, inclusive, a sua intenção no Facebook de cometer o crime. Os posts palestinianos incluem caricaturas de israelitas, reconstituições-vídeo e gráficos com instruções de “como esfaquear um judeu”. Outras publicações glorificam assassinos palestinianos como heróis.
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