A sonda «Cassini» registou em Dezembro de 2010 uma pequena nuvem branca na superfície de Saturno, ainda pouco visível para os cientistas.
A pequena nuvem branca marcou o início de uma das maiores e mais longas tempestades registadas em Saturno, que durou 200 dias e se estendeu a uma área de 15 mil quilómetros no Norte do planeta, noticia a NASA.
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Durante quase um ano a sonda «Cassini» filmou a tempestade que terminou em Junho deste ano, embora as nuvens de turbulência geradas ainda se mantenham na superfície de Saturno.
A atmosfera de Saturno e os seus anéis são mostrados na imagem numa composição colorida falsa feita a partir de 12 imagens tiradas com luz infravermelha através de filtros que são sensíveis a diferentes graus de absorção de metano.
As cores vermelha e laranja, nesta imagem, indicam nuvens que estão profundas na atmosfera. A cor verde e amarelo, a mais visível no topo da imagem, indicam a existência de nuvens intermediárias. O branco e o azul indicam nuvens altas e neblina.
Andrew Ingersoll, membro da equipa da sonda «Cassini», disse que «a tempestade de Saturno parece-se mais com um vulcão do que com uma ocorrência climática terrestre», noticia a agência EFE.
Ingersoll disse ainda que «a pressão acumula-se durante vários anos antes que a tempestade se instale» e que «o grande mistério é que não há rochas para resistir à pressão e atrasar a erupção durante tantos anos».
No ano passado a NASA decidiu prolongar a sua missão até 2017, o que permitirá aos cientistas estudar as mudanças climáticas no planeta e nas suas luas.
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