Durante os últimos meses, a NASA tem divulgado imagens surpreendentes de Plutão, captadas pela sonda espacial New Horizons, que sobrevoou o planeta no dia 15 de julho. Agora, os cientistas desvendaram finalmente grande parte dos mistérios que rodeavam o planeta anão e publicaram todas as descobertas na revista Science, esta quinta-feira.
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“Passámos de ter imagens que tinham três pixéis para imagens com milhares de pixéis, por isso estamos essencialmente a ver Plutão pela primeira vez, em termos das suas paisagens e história geológica”, declarou John Spencer, cientista da NASA, segundo o The Guardian. “Estamos a ver uma superfície planetária diferente de qualquer outra que alguma vez vimos”.
Em redor desta superfície plana há, a este, glaciares de nitrogénio e, a oeste, icebergues que se empilharam e criaram montanhas.
“A melhor sugestão que temos é que são icebergues constituídos por água, que estão a ser desalojados da crosta, que pensamos ser formada maioritariamente por gelo. De alguma forma inclinaram-se, viraram-se ou empurram-se para produzir estas montanhas”.
A atmosfera de Plutão é 100.000 vezes menos densa que a da Terra. Contudo, quando a sonda passou pelo planeta, em direção ao sol, conseguiu capturar uma imagem da neblina azulada que cobre o planeta.
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Para além disto, os cientistas afirmaram que o céu em Plutão seria “azul se estivéssemos na superfície e olhássemos para o sol”.
Esta é mais uma peça do puzzle que está a permitir aos cientistas descobrir toda a história do planeta anão. Os investigadores ainda vão ter de esperar mais um ano para terem em sua posse todos os dados recolhidos pela sonda espacial.
Até agora, só foi feito download de metade das melhores imagens recolhidas pela New Horizons, afirmou John Spencer.
A sonda está agora a dirigir-se para um objeto espacial denominado 2014MU69, no cinturão de Kuiper, que só atingirá em 2019.
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