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Dependência da Internet pode ser considerada doença mental

Uso excessivo das novas tecnologias está a preocupar os especialistas

Por outro lado, Alexandra Rosa, psicóloga da saúde no Hospital dos Lusíadas, afirmou ao que “a maior parte das pessoas” não percebe que o “uso da tecnologia durante horas excessivas”, é “uma adição”. No entanto, é preciso perceber a diferença entre o que será normal ou um problema patológico e qual o uso que é feito da tecnologia.

O uso excessivo das novas tecnologias está a preocupar os especialistas e a dependência de internet pode mesmo vir a ser considerada uma perturbação psicológica.

De acordo com o jornal Público, a dependência extrema das novas tecnologias pode vir a integrar o catálogo das perturbações psiquiátricas do manual de diagnóstico das doenças mentais (DSM), da Associação Americana de Psiquiatria, como é o caso do jogo patológico. A perturbação, chamada “perturbação de uso da Internet”, é referente ao uso excessivo das novas tecnologias, e poderá integrar a próxima revisão da obra.

Em declarações ao jornal, vários especialistas afirmam que, apesar do tema ser “preocupante”, têm algumas reservas em relação à possibilidade da criação de uma nova perturbação.

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Daniel Sampaio, director do serviço de psiquiatria do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, afirmou que este é um problema que está em “estudo há muito tempo”, para se perceber se o uso excessivo das novas tecnologias pode ser ou não considerado uma perturbação psiquiátrica.

No entanto, em Lisboa, no Hospital de Santa Maria, foi criado, há um ano um “núcleo de utilização problemática de Internet” para dar resposta ao número crescente de pedidos de consulta para problemas deste tipo, uma vez que este problema “existe e é preocupante”.

O núcleo trata de problemas de adolescentes e jovens adultos que usam de forma excessiva uma série de novas tecnologias, sobretudo jogos online, e que, em casos extremos, apresentam sinais de isolamento e comportamentos violentos e podem exigir tratamento. 

“São pessoas que não fazem mais nada. Chegam a faltar às aulas, não cumprem os seus compromissos”, afirma Daniel Sampaio.

Público

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Os grandes “culpados” para esta adição são os smartphones e as agendas eletrónicas, que acabam mesmo por prejudicar a memória.

“Com os iPhones as pessoas deixam, por exemplo, de decorar datas de aniversário", afirma a especialista, considerando que a dependência das novas tecnologias foi muito rápida e as pessoas temem perder o “contacto permanente” e ficar “desligadas do mundo”.

“Quando a pessoa deixa de ter padrões relacionais, quando prejudica o seu trabalho, o seu sono e até a sua alimentação, isso já é motivo de preocupação”, afirmou ainda a profissional.

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