O sistema electrónico adoptado pelo Parlamento em 2008 para o envio de perguntas e requerimentos ao Governo foi raramente utilizado pelos deputados, que continuaram a preferir o papel em 97,6 por cento dos casos, avança a agência Lusa.
Quando foi instalado na Assembleia, há dois anos, estimava-se uma poupança anual de «mais de 60 mil ofícios» em papel, segundo disse na altura o então deputado socialista José Junqueiro, que coordenou a introdução daquele sistema.
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De acordo com dados dos serviços da Assembleia da República, disponibilizados à Agência Lusa, desde Outubro de 2009 apenas 3,2 por cento de um total de 10.626 perguntas e requerimentos ao Governo foram feitos por via electrónica.
A partir de Março do próximo ano os deputados vão ter que usar a via electrónica em exclusivo, de acordo com uma deliberação aprovada quarta-feira em plenário e que visa facilitar a conversação de texto para a grafia do novo acordo Ortográfico no Parlamento.
Os requerimentos e perguntas são instrumentos previstos na Constituição da República que visam a fiscalização política da actividade do Governo.
Na primeira sessão legislativa da actual legislatura, os deputados fizeram um total de 8.398 requerimentos e perguntas, das quais apenas 220 foram feitas por via electrónica.
Na segunda sessão, a percentagem subiu ligeiramente. Até terça-feira tinham sido entregues 2.228 ofícios de perguntas e requerimentos, dos quais 130, cerca de 5,8 por cento, pelo sistema electrónico.
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