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«Internet segura é uma utopia»

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Coordenador do site «Miúdos Seguros na Net» explicou como lidar com os riscos de uma vida online

A Europa e o mundo quiseram lançar uma alerta global para os perigos da Internet. Durante um dia apresentaram-se números, comentaram-se exemplos e falou-se muito de pedofilia online. Em Portugal, estes riscos são seguidos de perto por Tito de Morais, fundador e coordenador do site Miúdos Seguros na Net.

A partir de um espaço online tem chegado a muitas pessoas, com apresentações em escolas, associações, sindicatos, organizações. Pretende aconselhar, alertar, detectar riscos e explicar comportamentos a crianças, jovens e adultos. Em entrevista ao PortugalDiário, definiu os traços de perigo, mas também realçou os factores positivos da vida na rede.

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Haverá uma Internet segura? «É uma utopia, porque não há nada que seja 100% seguro na vida. Seja Internet ou segurança rodoviária. O que podemos fazer é procurar tirar o máximo de benefícios que estas tecnologias nos poderão dar, mas minimizando os riscos a que todos nós e não apenas crianças e jovens poderão estar expostos quando usam estas tecnologias», vincou.

Muitas vezes, os testes são feitos em casa: «Tenho filhos, os meus filhos usam, eu quero que os meus filhos usem estas tecnologias, porque os benefícios ultrapassam largamente os riscos, embora não os possamos subestimar. Tenho de me colocar do lado deles, fazendo-lhes sentir que é exactamente por querer que eles utilizem que é importante pensarem nos aspectos da segurança».

Na perspectiva do especialista, o diálogo entre pais e filhos é essencial. «Uma vez que dominam muito mais as tecnologias, os filhos podem ajudar os pais a esse nível, enquanto os pais dominam as partes vivenciais e a experiência de vida, o que pode complementar a experiência técnica. É deste diálogo que pode surgir uma Internet mais segura», frisou Tito de Morais.

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Nas sessões que apresenta aos jovens, percebe que «não têm bem presente que quando colocam conteúdos na Internet perdem controlo sobre eles, como acontece com fotografias, que podem ser copiadas e usadas em contextos completamente diferentes». A solução é só uma:

«O melhor é não registar actos privados de uma forma digital, porque basta perder o telemóvel ou o computador ir para arranjar e ficar nas mãos de alguém com menos princípios éticos e copiar esse conteúdo. É muito fácil perdermos o controlo sobre isso. Quanto mais sensíveis são os conteúdos maior é o potencial de gravidade de nós sermos afectados por isso».

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