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Investigadores de Aveiro criam pavimento "inteligente"

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Chão permite interagir com dispositivos como tablet, facilitando a localização de pessoas e objetos

Nuno Borges de Carvalho, investigador do IT e orientador do Doutoramento de Ricardo Gonçalves, realça que “pode ser especialmente útil para serviços de localização de pessoas e objetos com a precisão de alguns centímetros”, porque o pavimento fica apto a comunicar com um dispositivo que reencaminha os dados através de comunicações de rádio para um computador ou telemóvel.

Uma equipa de Investigação do Instituto de Telecomunicações da Universidade de Aveiro desenvolveu um pavimento “inteligente” que permite interagir com dispositivos como tablet, facilitando a localização de pessoas e objetos.

Com sensores incorporados em revestimentos cerâmicos, o pavimento permite saber a cada momento a localização exata de quem o percorre e foi pensado para facilitar a orientação em espaços como hospitais, aeroportos, e mesmo centros comerciais.

Basta apenas um clique no smartphone, quando se percorre o pavimento, para se saber onde está e que caminho se tem de percorrer até ao destino desejado. A tecnologia pode também ser utilizada em bengalas para cegos, funcionando como ‘copilotos’ dos utilizadores.

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O “segredo” do chão inteligente está no retransmissor de RFID colocado em cada ladrilho, equivalente àquele que é utilizado nos sistemas de acesso em edifícios ou nos transportes públicos, como explica o investigador Ricardo Gonçalves.

O investigador responsável pelo projeto esclarece que “no chão inteligente é o dispositivo leitor que se move, sendo os tags [os cartões de acesso] dispositivos totalmente passivos, que não dependem de nenhum tipo de bateria para funcionar”.

“Ao embeberem-se os tags no chão estes não requerem manutenção nem trocas de bateria, porque a energia é enviada para os tags através do leitor, quando este está por cima do chão inteligente. A transferência de energia é feita através de indução magnética, em que o leitor gera um campo magnético através de uma bobine, que por sua vez capta e transforma em corrente”, explica Ricardo Gonçalves.

Fáceis de aplicar nos revestimentos e de baixo custo, os investigadores pretendem agora estabelecer parcerias com a indústria de cerâmica para poder levar os primeiros ladrilhos inteligentes para o circuito comercial.

 

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