A líder da oposição birmanesa, Aung San Suu Kyi, quer abrir uma conta no Twitter quando sair da prisão domiciliária, anunciou segunda-feira o seu advogado, Nyan Win.
É com o objectivo de «manter contacto com a geração mais jovem, dentro e fora do país» que a aclamada Nobel da Paz deseja «tweetar todos os dias», avançou o Nyan Win, citado pelo diário generalista espanhol «20minutos».
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Em prisão domiciliária desde 2003, Aung Suu Kyi não tem linha telefónica nem acesso à Internet, mas «tem um computador portátil e conhecimentos informáticos», avançou o advogado que, junto a alguns diplomatas e personalidades do exterior e Nações Unidas, é das poucas pessoas que estão autorizadas a prestar visitas.
A Junta Militar que governa a Birmânia desde 1962 permite à líder opositora ler jornais, livros, revistas ouvir a rádio e ver televisão censurada, mas proíbe-a de instalar uma antena de satélite que lhe permita o acesso a canais estrangeiros.
Aung San Suu Kyi e a Liga Nacional pela Democracia, da qual é líder, já tornaram pública a decisão de boicotar as eleições birmanesas, marcadas para 7 de Novembro, ao abdicar do seu direito ao voto, apesar da pressão exercida pela Junta que necessita do voto da líder para legitimar a votação.
A dissidente esteve presa 15 dos 21 últimos anos, levando vários analistas a acreditar que a sua sentença foi planeada para manter a dissidente afastada durante a primeira eleição na Birmânia dos últimos 20 anos.
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