O ministro das Finanças manifestou-se esta quarta-feira contra a limitação da subida dos spreads cobrados pelos bancos nos contratos de crédito.
Fernando Teixeira dos Santos, que falava na Comissão de Orçamento e Finanças, no Parlamento, onde está a ser discutido o orçamento suplementar, disse que os spreads devem reflectir o risco dos empréstimos.
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A questão foi levantada pelo deputado do CDS-PP, Pedro Mota Soares, que questionou o ministro sobre a possibilidade de impor limites aos spreads, uma vez que os bancos estão a subi-los, acabando por anular parte do efeito da descida das taxas de juro, o que acaba por travar o acesso a financiamento.
«Considero que os bancos devem reflectir a avaliação dos riscos que fazem dos projectos que financiam. Não faz sentido estabelecer uma rigidez na relação entre spreads e taxas de juro», defendeu o governante.
Teixeira dos Santos sublinhou mesmo que essa rigidez poderia acabar por conduzir a «um contra-senso curioso: nos EUA, as taxas de juro estão nos 0%. Em rigor, isso significaria que os spreads também deveriam ser de 0%. O sistema financeiro deve reflectir o risco nos spreads».
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