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Touro morto ilegalmente em Monsaraz (fotos)

GNR identificou os responsáveis pela novilhada popular

Um touro foi hoje abatido ilegalmente na vila medieval de Monsaraz, no Alentejo, no final de uma novilhada popular, cumprindo uma tradição reivindicada pela população local, noticia a Lusa. A GNR identificou os elementos da comissão de festas de Monsaraz.

O golpe fatal foi desferido cerca das 19:50, depois de o touro ter sido laçado e preso ao muro da arena, na antiga praça de armas do castelo de Monsaraz, histórica povoação localizada nas margens da albufeira de Alqueva.

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O abate do touro não foi presenciado pela assistência que enchia o castelo (cerca de 1.500 pessoas, segundo a organização), por o animal ter sido coberto com um pano negro.

Apesar de o abate ser ilegal, por não lhe ter sido reconhecido o carácter de excepção previsto na legislação, a população de Monsaraz cumpriu a promessa de manter a tradição que reivindica de matar um touro no final da novilhada.

A novilhada com touro de morte faz parte do programa das festas em honra de Nosso Senhor Jesus dos Passos, em Monsaraz, que se realizam anualmente no segundo fim-de-semana de Setembro.

Tradição do século XIX

Segundo a tradição reivindicada pela população e autarquias locais, o espectáculo taurino - de carácter amador e popular e que termina com a morte ritualizada do touro, fora da lide - realiza-se desde 1877, de forma ininterrupta.

Este ano, pela sexta vez consecutiva, a Inspecção-Geral das Actividades Culturais (IGAC) recusou a autorização excepcional para o espectáculo com touro de morte, proibido por lei, tendo os promotores da tourada (Misericórdia e comissão de festas) decidido recorrer a uma providência cautelar.

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Contudo, o Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja indeferiu o pedido dos promotores da novilhada para se pronunciar com urgência sobre o conteúdo da acção judicial, interposta para tentar contornar a proibição do espectáculo com touro de morte.

GNR identifica membros da comissão de festas

A GNR identificou os elementos da comissão de festas de Monsaraz e apreendeu a carcaça do animal, disse à agência Lusa fonte daquela força de segurança.

De acordo com a mesma fonte, as autoridades estão também a envidar esforços para identificar o autor material da morte do animal.

A GNR, adiantou a fonte, procedeu também à identificação de outras pessoas que colaboravam com a comissão de festas e trabalhavam no local, como os vendedores de bilhetes.

As pessoas identificadas, explicou a fonte, são acusadas de abate clandestino, sendo o respectivo auto de notícia remetido para o Tribunal de Reguengos de Monsaraz.

A GNR vai ainda levantar um auto de contra-ordenação por abate ilegal, que será enviado ao Governo Civil de Évora.

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