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Desemprego: oposição preocupada, PS esperançado

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Os números do desemprego divulgados esta segunda-feira pelo Eurostat, que apontam para uma taxa de 10,5% em Portugal no mês de Janeiro, arrancam posições diferentes ao PS e restantes forças políticas. Enquanto que a oposição se mostra preocupada e decepcionada com o aumento da taxa, os socialistas mostram-se esperançados que a taxa venha a baixar antes do Verão.

A deputada do Bloco de Esquerda Helena Pinto considerou hoje que o aumento do desemprego «desmente os discursos de contentamento do primeiro-ministro», que acusou de «grande insensibilidade» perante os desempregados, cita a Lusa.

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Do mesmo modo, também a deputada e vice-presidente do grupo parlamentar do PSD Rosário Águas assinalou que os números do desemprego em Portugal «apontam para uma situação cada vez mais preocupante no que diz respeito ao desemprego».

Em declarações aos jornalistas, no Parlamento, a ex-secretária de Estado da Segurança Social apontou que «ao contrário do que ocorreu durante todo o ano passado, quando o comportamento da taxa de desemprego em Portugal acompanhava de uma forma ou de outra a evolução dos outros países, hoje isso não é assim».

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No entender de Rosário Águas, isso «deve-se com certeza a uma estrutura empresarial e de emprego muitíssimo mais frágil que existe em Portugal em relação aos outros países».

Medidas do Governo e retoma económica devem ajudar à criação de emprego

Já o PS prefere sublinhar que esta tendência terá um fim nos próximos meses. O deputado socialista Miguel Laranjeiro afirmou-se convicto de que a taxa de desemprego em Portugal vai diminuir até ao Verão, em resultado da melhoria da economia e de medidas do Governo para incentivar a criação de emprego.

Em declarações à Lusa, afirmou que o país está «a viver ainda os efeitos de uma recessão profundíssima e há um desfasamento entre a saída da recessão, que já aconteceu, e a criação de emprego».

O deputado socialista recordou que, ainda hoje, foram publicadas em Diário da República medidas para a criação de emprego, como apoios à contratação e de estágios profissionais.

PCP não desiste de alargar subsídio de desemprego

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Já o PCP defendeu que o Governo deve adoptar uma política que valorize a produção nacional como forma de «criar emprego e desenvolver o país» e garantiu que irá voltar a apresentar propostas para alargar o subsídio de desemprego.

«É inaceitável que possa continuar uma situação em que temos de um lado 700 mil trabalhadores desempregados e ao mesmo tempo o país numa situação de carência enorme de produção nacional, de dependência do exterior em matéria agrícola, de pescas, alimentares e industriais», afirmou, sublinhando que «estes trabalhadores podiam estar a produzir, com benefício para si próprios e para o país» em áreas como «a produção de material ferroviário, de vidro, a pecuária, a agricultura, as pescas ou o alargamento dos serviços».

O líder do CDS-PP, Paulo Portas, manifestou também «extrema preocupação», responsabilizando a política do Governo que «aposta tudo nas grandes obras e sacrifica as pequenas e médias empresas».

«Uma política económica que só vê à frente TGV é uma política que não gera crescimento nem emprego. (¿) Não pode haver um país que aposta tudo nas grandes obras públicas e que sacrifica quase tudo nas pequenas e medias empresas», disse.

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