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Enviavam droga pelo correio e recebiam o pagamento por MB Way. Rede de tráfico de droga apanhada em Lisboa

Os suspeitos ficaram indiciados dos crimes de associação criminosa, tráfico de estupefacientes, branqueamento de capitais, posse de arma proibida e condução sem habilitação legal

A PSP desmantelou uma rede criminosa e deteve 12 suspeitos de tráfico de droga, entre os quais o cabecilha, “com vasto cadastro”, após uma investigação de vários meses que levou à apreensão de 87 quilos de haxixe.

Em comunicado esta quinta-feira divulgado, o Comando Metropolitano da PSP de Lisboa refere que a operação Loki, “um aturado trabalho de investigação que se estendeu ao longo do último ano”, culminou com a identificação e desmantelamento de “um grupo organizado de indivíduos” que se dedicava ao tráfico de estupefacientes.

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Os detidos já foram presentes a primeiro interrogatório judicial, tendo ficado em prisão preventiva.

A investigação legou à emissão de seis mandados de detenção e de 40 mandados de busca e apreensão a residências, garagens e veículos, localizados em “todo o território nacional”.

As operações, que de acordo com a PSP, ainda estão em curso, foram cumpridas em duas fases, “no seguimento de uma estratégia delineada que visava anular as várias vertentes desta organização criminosa bem estruturada”.

A primeira fase iniciou-se em 18 de maio, em vários locais dos concelhos de Oeiras, Sintra e Cascais, visando, inicialmente, a detenção “do núcleo duro da organização, composto pelo cabecilha, colaboradores próximos e distribuidores de estupefacientes”, num total de sete homens, com idades entre os 17 e os 36 anos.

Os suspeitos ficaram indiciados dos crimes de associação criminosa, tráfico de estupefacientes, branqueamento de capitais, posse de arma proibida e condução sem habilitação legal.

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A investigação iniciada em maio de 2023 permitiu identificar o líder da organização, um homem de 36 anos, residente no concelho de Sintra “e com um vasto cadastro ligado ao tráfico de drogas”.

Os investigadores chegaram à conclusão que o cabecilha, “através de várias valências, adquiria e fazia chegar elevadas quantidades de estupefacientes ao distrito de Lisboa, redistribuindo posteriormente haxixe, cocaína, MDM e liamba a vários traficantes de menor monta”, localizados em todo o território nacional.

De acordo com a PSP, esta organização anunciava a droga “num ‘mercado virtual’ proporcionado por grupos privados da aplicação Telegram, onde vários revendedores lhes adquiriam diversas qualidades e quantidade de narcóticos”.

Posteriormente, a droga era enviada aos seus destinatários através de serviços postais, depois daqueles terem realizado os pagamentos, o que acontecia, principalmente, de acordo com a autoridade, através da aplicação MB Way.

A PSP conseguiu identificar vários destinatários desses envios, residentes nos distritos de Castelo Branco, Évora, Faro, Guarda, Leiria, Lisboa, Vila Real, Viseu e na região autónoma da Madeira.

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Estes foram visados na segunda fase da operação, iniciada na segunda-feira, com ações de busca numa operação que envolveu dispositivos de investigação criminal da PSP e da GNR e que terminou com a detenção de cinco suspeitos adicionais, com idades compreendidas entre os 22 e os 44 anos.

Segundo a PSP, nas buscas que foram cumpridas até ao momento foram apreendidas uma arma de fogo, uma arma branca e munições de diversos calibres, além de 173 mil doses de haxixe (87kg), 400 doses de liamba, 210 doses de ecstasy, 25 doses de cocaína.

Foram ainda apreendidos quatro automóveis, uma moto, seis balanças de precisão e perto de 22 mil euros.

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