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Louçã: «Se o primeiro-ministro não disser nada...»

Transgénicos: BE exige que Sócrates reaja às declarações do ministro

O líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, exigiu esta terça-feira que o primeiro-ministro esclareça se apoia a insinuação, pelo ministro da Agricultura, de que o partido estaria envolvido na destruição de um hectare de milho transgénico em Silves, refere a Lusa.

«Espero que durante o dia de hoje o primeiro-ministro venha dizer se apoia as acusações grotescas do ministro da Agricultura. Se [José Sócrates] não disser nada, é porque não defende o ministro» Jaime Silva, afirmou Francisco Louçã.

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O dirigente bloquista reagia assim às declarações do ministro Jaime Silva, que segunda-feira defendeu que o BE deve esclarecer se respeita o Estado de Direito e qual a sua participação na acção de sexta-feira na Herdade da Lameira, em Silves, durante a qual cerca de cem activistas destruíram cerca de um hectare de milho transgénico.

Numa visita à Herdade da Lameira para observar os estragos causados, Jaime Silva defendeu que «é altura de o Bloco de Esquerda dizer se respeita as leis do Estado de Direito ou se anda a fingir que é amigo da democracia e depois por trás vem incentivar estes jovens que aparecem com um ar inocente para proteger a nossa saúde sem apresentar nenhuma evidência científica».

«Não sei se o Bloco de Esquerda esteve por trás disto, mas gostaria que esclarecesse qual é a sua posição», adiantou o ministro, que defendeu ainda que «é bom» que o partido «de uma vez por todas diga se devemos basear-nos em pareceres científicos ou se devemos andar aí a apregoar um medo e um papão que não existem».

«O primeiro-ministro sabe que quando o Bloco de Esquerda faz uma acção, dá a cara por ela e eu estou nessa acção», afirmou Louçã, que considera que «a acusação do ministro é grotesca e não tem qualquer fundamento», pelo que Jaime Silva deveria «retractar-se e pedir desculpa».

Sobre a acção de sexta-feira na Herdade da Lameira, promovida pelo recém-criado movimento anti-transgénicos Verde Eufémia, Louçã disse que o partido é favorável à «contestação que tenha como alvo as multinacionais», mas sublinhou que «o alvo não devem ser os pequenos agricultores», alegando que eles «também são vítimas do peso das multinacionais».

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