A Quercus vai propor a proibição de estacionamento gratuito para não residentes nos centros urbanos da Área Metropolitana de Lisboa, recomendação que integra um conjunto de dez medidas consideradas fundamentais para melhorar a mobilidade na região.
Numa conjuntura em que o petróleo atinge preços recorde, a associação ambientalista vem alertar deste modo para a necessidade de seleccionar e implementar um conjunto de medidas de promoção do transporte colectivo.
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Entre estas inclui-se a forte limitação ao estacionamento gratuito associado a movimentos pendulares em Lisboa, sobretudo entre as 08:00 e as 20:00 dos dias úteis, bem como a criação de faixas específicas para automóveis com maior ocupação, tendo em conta que 70 por cento dos veículos que entram na cidade são ocupados apenas pelo condutor. O objectivo é estimular desta forma a partilha dos automóveis.
A Quercus sugere também a criação de estacionamentos suficientes e acessíveis junto dos interfaces de caminhos-de-ferro, metro e terminais rodoviários para permitir que os utentes que não dispõem de transportes colectivos junto à residência possam deixar o carro junto a estações localizadas na periferia.
Mais e melhores transportes públicos
Outra proposta passa pela modernização da rede ferroviária e oferta de maior número de composições para tornar os transportes colectivos mais atractivos.
«Não é admissível que à hora de ponta o serviço da Fertagus seja de meia em meia hora e fora da hora de ponta de uma em uma hora entre Lisboa e Setúbal, sendo que entre Coina e Lisboa, o serviço previsto na hora de ponta era de uma frequência de sete minutos e actualmente é de 10 e com alguns comboios apenas com quatro carruagens», criticam os ambientalistas.
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A Quercus considera, por outro lado, que os transportes colectivos deveriam usufruir de combustível mais barato com a contrapartida de serem renovados para emitirem menos poluentes.
O início de funcionamento da Autoridade Metropolitana de Transportes é considerado igualmente prioritário de forma a permitir a articulação entre os diferentes meios de transportes e uma bilhética com preço justo e adequado ao utilizador diário e ocasional.
A Quercus incentiva ainda as empresas a criarem planos de mobilidade, pagando o passe social ou dando outro tipo de regalias aos trabalhadores que não usem o automóvel, e a administração pública a seleccionar os locais para determinados serviços em função da presença de transportes públicos.
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