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Redução de infractores nos radares não diminui acidentes

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Ligação entre as duas variáveis não permite conclusão

A redução do número de condutores apanhados em excesso de velocidade nos 21 radares da cidade, «não corresponde a menos acidentes», defende a Associação de Cidadãos Auto- Mobilizados (ACAM).

O presidente da A-CAM, Manuel João Ramos, disse esta quinta-feira à agência «Lusa» que a diminuição generalizada do número de multas atribuídas após a colocação de radares em Lisboa vem justificar a sua existência.

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Para o promotor da petição para alteração dos limites de velocidade, e com assento na Comissão de Acompanhamento dos Radares, Fernando Penim Redondo, o decréscimo do número de automobilistas apanhados em excesso de velocidade «não quer dizer nada».

«Não conheço qualquer conclusão ou estudo aprofundado sobre o efeito dos radares em número de acidentes ou mortes», afirmou Fernando Penim Redondo.

«Os radares permitem reduzir a sinistralidade e têm um efeito de aprendizagem», salientou ainda o presidente da ACAM, lamentando, contudo, que só tenham efeito nos locais onde estão instalados os radares.

Autoridades devem agir

Para Manuel João Ramos, a «sinistralidade na cidade de Lisboa só não é menor porque as autoridades não querem mexer na semaforização» da cidade e «gastar dinheiro em mais radares».

Fernando Penim argumenta, por seu lado, que «não existe ninguém com capacidade para avaliar o verdadeiro impacto dos radares na sinistralidade», e que nas várias reuniões da comissão de acompanhamento dos radares «nenhuma entidade comunicou quantas multas foram passadas, a redução do número de acidentes e as receitas recolhidas».

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«Os radares são uma medida local, sem impacto na cidade. Eles (radares) têm que estar coordenados com os semáforos», referiu, adiantando que o tempo de verde nos semáforos devia ser, em muitos casos, reduzido, defende o responsável da ACAM.

Manuel João Ramos defendeu ainda que «qualquer alteração de radares pode implicar a retoma de hábitos antigos», referindo-se à possibilidade de alguns aparelhos virem a ser transferidos de local.

Em relação ao recente anúncio de mais radares e caixas para controlo de velocidade, Fernando Penim, considera que «é apenas poeira para os olhos dos cidadãos, não se combate a verdadeira causa dos acidentes».

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