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Tratado: Portugal «perde soberania»

Jerónimo de Sousa insiste na necessidade de realizar um referendo

O secretário-geral do PCP reafirmou este sábado a posição de que Portugal perde soberania com a assinatura do Tratado Reformador da União Europeia e insitiu na importância da realização de uma consulta popular sobre o documento.

«Portugal perde soberania, com a redução do direito de veto, transferindo competências fundamentais do estado e das suas instituições democráticas para as instituições supranacionais e antidemocráticas da União Europeia», afirmou Jerónimo de Sousa na intervenção de encerramento de um comício do PCP em Queluz.

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Jerónimo de Sousa reiterou que «o PCP está contra esta Europa neoliberalista, federalista e militarista que está a ser constituída e é a este projecto que o PCP clara e firmemente diz não».

Para o sercetário-geral do PCP o poder vai ficar entregue aos seis maiores estados da União Europeia (Alemanha, Itália, Reino Unido, Espanha, França e Polónia), realçando que «esses seis grandes países da União Europeia podem decidir sobre a vida dos outros 21».

Referindo que, nos termos do tratado, Portugal irá perder dois deputados ao Parlamento Europeu, passando dos actuais 24 para 22, Jerónimo de Sousa disse que «José Sócrates não conseguiu ter uma pequena negociação, um pequeno ganho, para mostrar aos portugueses» e lembrou a batalha de Itália por mais um deputado no PE.

Na intervenção perante os militantes comunistas em Queluz, Jerónimo de Sousa não deixou também passar despercebido o caso da Covilhã, em que dois polícias visitaram um sindicato que preparava uma manifestação para marcar uma visita do Primeiro-Ministro à cidade, realçando que «o Governo quer separar os trabalhadores dos seus sindicatos, mas os trabalhadores portugueses continuam com a sua unidade intersindical, a CGTP».

«O que se passou na última greve geral, o que se tem vindo a passar em Guimarães, Montemor, na Covilhã e em muitas outras situações, não são apenas preocupantes demonstrações pontuais de autoritarismo, abuso de poder ou de intolerância anti-democrática do governo do PS, mas uma deliberada opção governativa de intimidação e de mutilação dos direitos políticos, sociais e laborais dos trabalhadores», garantiu.

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