Já fez LIKE no TVI Notícias?

Médicos ilibados na Ordem, pais de bebé indignados

Bebé nasceu morto. Entidade arquivou processos antes do tribunal

Os pais do bebé que nasceu morto no hospital Amadora-Sintra em 2002 estão «indignados e surpreendidos» com a decisão da Ordem dos Médicos de arquivar os processos contra dois médicos envolvidos no caso, noticia a Lusa.

Em declarações esta sexta-feira à Lusa, Lino Gonçalves afirmou que nunca pensou que a Ordem dos Médicos (OM) tomasse uma decisão antes de terminar o julgamento de Francisco Madeira e Ana Cristina Pinto Ribeiro da Costa e que essa fosse no sentido do arquivamento dos processos.

PUB

No despacho de arquivamento, o relator considerou apropriado dar o beneficio da dúvida aos médicos «com base no princípio jurídico «in dubio pro reo» [em caso de dúvida beneficia-se o réu], fazendo também notar que os clínicos «já foram muito penalizados com os processos que contra eles correram e estão a decorrer».

«Nunca pensei que arquivassem o processo e ainda por cima alegassem que os médicos já foram suficientemente castigados. E os pais não foram?», questionou Lino Gonçalves, admitindo que se sente «revoltado e zangado com a decisão».

O caso remonta a 2 de Março de 2002 e culminou com o nascimento do bebé com recurso ao fórceps no Hospital Dr. Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), após 13 horas de um trabalho de parto.

O bebé ficou com o crânio esmagado em virtude da «má aplicação do fórceps», segundo concluiu uma investigação da Inspecção-Geral da Saúde (IGS).

Segundo o pai do bebé a decisão da OM só deveria ter sido tomada depois de se saber a decisão do julgamento.

Entretanto, esta semana a juíza Conceição Oliveira pediu para abandonar a condução do julgamento dos dois médicos por motivos pessoais e confessou que sentia dificuldades em ser imparcial neste processo.

PUB

Últimas