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Sesimbra: tubarão seguiu comida

Especialista lembra que na costa portuguesa há várias espécies de tubarões

O biólogo marinho João Pedro Correia explicou que a aproximação de espécies como o tubarão-frade que, esta terça-feira, apareceu na costa portuguesa pode dever-se a um fenómeno oceanográfico que provoca o enriquecimento das águas com plâncton.

Segundo o especialista em tubarões, o fenómeno de «upwelling» ou afloramento costeiro é «muito comum na costa portuguesa» e está associado aos ventos do quadrante Norte que predominam na costa ocidental e que levam a um afastamento das águas da superfície.

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«Por conseguinte, as águas da sub-superfície, mais frias e com maior concentração de sais nutrientes ascendem à superfície e provocam um enriquecimento das águas, criando condições ideias de alimento e de luz para o desenvolvimento de plâncton».

De acordo João Pedro Correia «basta haver uma conjugação destes factores com as correntes, para que o plâncton seja levado a um determinado local (neste caso perto da costa) para que as espécies como o tubarão-frade nadem atrás do seu alimento».

Na opinião do biólogo, encontrar um tubarão-frade tão perto da costa - como o de sete metros de comprimento e 2,5 toneladas que esta madrugada foi a cidentalmente capturado nas águas de Sesimbra -, «não é tão raro quanto isso, mas por se tratar de um animal tão grande, chama sempre a atenção».

Na costa portuguesa existem, segundo o especialista, várias espécies de tubarões, figurando entre os mais frequentes o tubarão-azul, o tubarão-anequim e o tubarão-martelo, todas espécies que nadam mais perto da superfície e são muitas vezes capturados pela pesca.

O tubarão-frade é uma espécie considerada «vulnerável» na lista internacional de Conservação da Natureza, devido às capturas de pescadores na fase jovem do animal, que demora muito tempo a chegar à fase adulta e reprodutora.

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