Um grupo de setenta turistas portugueses surpreendidos na cidade peruana de Cusco pelo sismo que abalou o Peru foi evacuado do hotel mas todos os elementos do grupo estão bem e continuaram a viagem, disse um dos viajantes, o jornaliasta Serafim Lobato, citado pela Lusa.
O contacto com os excursionistas do Clube Actividades do Ar Livre de Lisboa (CAL) aconteceu no mesmo dia em que responsáveis peruanos e diplomatas ocidentais no país revelaram a sua inquietação por não conseguirem localizar vários turistas desde o sismo de 15 de Agosto.
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No que se refere aos cidadãos portugueses, a Secretaria de Estado das Comunidades confirmou no dia seguinte ao sismo que não houve vítimas entre turistas nacionais ou na comunidade portuguesa no Peru.
Serafim Lobato contou que o grupo do CAL já visitara Lima, Pisco e Plica quando foi surpreendido pelo sismo em Cusco.
«Sentimos a terra a tremer fortemente», recordou, adiantando que o hotel em que se encontravam foi imediatamente evacuado.
Apesar do susto, o grupo partiu depois para uma caminhada de quatro dias nas montanhas e visitou Machu Picchu, tendo hoje regressado a Cusco, para continuar o programa de viagem que só deverá terminar a 26 de Agosto.
Apesar da aparente tranquilidade dos excursionistas portugueses, a agência France Press noticiou que a terra voltou a tremer, terça-feira em Lima, com uma intensidade de 5,1 na Escala de Richter.
Em Prisco, os socorristas concentram-se agora nos escombros do Hotel Embaixada que ruiu quando a terra tremeu a 15 de Agosto, refere a mesma fonte.
Várias embaixadas estrangeiras revelavam-se hoje particularmente inquietas porque a região é visitada por numerosos turistas que procuram as reservas de focas, pinguins e lobos marinhos, para além dos tesouros arqueológicos pré-incas e alguns deles não deram qualquer sinal desde o sismo.
O sismo, o mais violento no Peru desde 1974, fez pelo menos 540 mortos, um milhar de feridos e 170 mil sinistrados, segundo o último balanço provisório da Defesa Civil.
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