Portugal vai ter uma plataforma electrónica do mercado de resíduos a funcionar até ao final do ano, garantiu à Lusa o director geral da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
António Gonçalves Henriques, que terminou o mandato na sexta-feira, referiu que «há candidaturas apresentadas para a criação de plataformas do mercado de resíduos e está a ser feita a análise».
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«Este ano teremos, pelo menos, uma plataforma a funcionar», salientou.
O regime de constituição, gestão e funcionamento do Mercado Organizado de Resíduos (MOR) e as regras para as transacções e para os operadores foram estabelecidos em decreto-lei de Setembro de 2009.
O MOR «vai permitir uma melhor racionalização da gestão de resíduos e evidenciar o valor que os resíduos produzidos venham a ter», referiu Gonçalves Henriques.
Através deste mercado, serão transaccionados resíduos entre entidades, o que «permite eventualmente a redução do desvio de resíduos para aterros, já que muitos podem ser reintegrados nas cadeias de produção».
Uma empresa que produza resíduos pode «colocá-los» na plataforma, dando a conhecer a sua disponibilidade para vender. Outras empresas que possam utilizar estes materiais no seu processo produtivo têm a opção de comprar.
«Temos a infra-estrutura adequada para a gestão de resíduos que necessitamos actualmente. Temos de reforçar mais nas áreas de gestão dos fluxos», concluiu o responsável.
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