Os planos de aumento do uso de biocombustíveis em Portugal nos próximos dez anos farão disparar as emissões de dióxido de carbono, equivalendo a colocar nas estradas mais 550 mil carros, indica um estudo esta segunda-feira apresentado em Bruxelas.
De acordo com a Lusa, uma coligação de organizações ambientais, entre as quais a Greenpeace, Friends of the Earth e ActionAid, patrocinou um estudo com o qual pretende mostrar que os biocombustíveis «não são amigos do ambiente».
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A aposta europeia nesta solução poderá sacrificar até 69 mil quilómetros quadrados de terras e provocar a emissão extra de 27 a 56 milhões de toneladas de gases com efeito de estufa.
O vice-presidente da Quercus, Francisco Ferreira, citado num comunicado da associação ambientalista sobre o estudo, referiu que «Portugal, felizmente, falhará a meta, meramente quantitativa e sem quaisquer critérios de sustentabilidade, de incorporação em 2010 de 10 por cento de biocombustíveis no abastecimento ao transporte rodoviário, prevista no Plano Nacional para as Alterações Climáticas».
E garantiu que os ambientalistas estão «atentos à política de biocombustíveis [de Portugal] e em contacto com os diferentes atores, de forma a procurar que as soluções no futuro não sejam danosas em termos ambientais e sociais».
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