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Ribeira em Leiria com estrume há 40 anos

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Ambientalistas manifestaram-se contra a poluição, avisando que «porcos na ribeira não fazem milagres»

Os ambientalistas da Quercus alertaram este sábado para o facto da Ribeira dos Milagres, no concelho de Leiria, ser alvo de poluição de efluentes suinícolas há 40 anos, e exigiram das autoridades maior fiscalização e uma solução para pôr termo ao problema.

«Porcos na ribeira não fazem milagres» e «Milagres não pode ser a sarjeta do poder» foram algumas das palavras de ordem que gritaram os 15 ambientalistas, envergando fatos de macaco que designaram de anti-contaminantes, para serem «protegidos da poluição», e máscaras simbolizando porcos.

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Ao grupo da Quercus juntou-se a Comissão Ambiente e Defesa da Ribeira dos Milagres e alguns populares, como Joaquim Vindeirinho, de 69 anos, vizinho da ribeira.

«Lembro-me de vir aqui tomar banho, das lavadeiras, de apanhar peixe», contou à Agência Lusa, lamentando que agora o curso de água seja «estrume de porco».

Já o porta-voz da comissão, Rui Crespo, justificou a escassa mobilização porque as pessoas deixaram de acreditar na resolução da situação.

Para o responsável, alertar continua a ser a solução, num momento que haver «mais problemas», na sequência de ter sido indeferida a licença de utilização dos recursos hídricos para descarga de águas residuais à Recilis, entidade criada para resolver o problema dos efluentes suinícolas na bacia do rio Lis, que tem na ribeira dos Milagres um dos seus afluentes.

A solução: uma nova ETAR

Já Pedro Carteiro, do Centro de Informação de Resíduos da Quercus, frisou que «são cerca de 40 anos de descargas directas para este afluente», apontando o Ministério do Ambiente como o «principal culpado» porque tem «havido vários levantamentos de autos que não dão em nada, ou seja, os poluidores continuam impunes».

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Por outro lado, Pedro Carteiro referiu que existe uma solução para este problema.

«Há dez anos atrás foi assinado um protocolo entre o Ministério do Ambiente, Agricultura e os suinicultores no sentido de se instalar uma unidade de tratamento para este tipo de efluentes», declarou, sustentando que «nada foi feito», mas não se deve abdicar da estação.

No final da iniciativa da Quercus, registou-se um momento de tensão, quando um automobilista se insurgiu contra o protesto.

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