O Tribunal Penal Internacional retirou as acusações de crimes contra a humanidade ao presidente do Quénia, Uhuru Kenyatta. A decisão foi divulgada esta sexta-feira pelo procurador Fatou Bensouda, através de um documento oficial.
O documento do tribunal sediado em Haia, Amesterdão, concluiu que não foram reunidas provas suficientes que sustentassem as acusações.
«As provas apresentadas não comprovam a alegada responsabilidade criminal do Senhor Kenyatta», lê-se no texto.
Kenyatta tinha sido acusado de fomentar a violência contra as minorias étnicas, durante os conflitos que se seguiram às eleições de 2007 e que provocaram cerca de 1200 mortos.
As acusações contra Kenyatta foram formalmente apresentadas em 2012. Segundo a BBC, os procuradores alegaram, por diversas vezes, que as testemunhas estavam a ser intimidadas e que o governo do Quénia tinha recusado disponibilizar documentos importantes para o caso. A organização «Human Rights Watch» acusou o governo queniano de agir como um obstáculo para a «descoberta da verdade».
Esta quarta-feira, o tribunal tinha dado uma semana à acusação para apresentar provas contra o presidente ou arquivar o caso.
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