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Universidade de Lisboa chama polícia após "destruição do património, grafitagem e ameaça à segurança"

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Reitor e os diretores da Faculdade de Psicologia e do Instituto de Educação "solicitaram a intervenção das autoridades, de forma a repor a segurança de bens, equipamentos e pessoas das suas instituições"

A Universidade de Lisboa, onde nos últimos dois dias decorreram manifestações pró-Palestina e contra os combustíveis fósseis, explicou que chamou autoridades após "situações de destruição do património, grafitagem e ameaça à segurança".

Em comunicado, a universidade diz que desde a tarde de quinta-feira que "começaram a verificar-se preocupantes situações de destruição do património, grafitagem e ameaça à segurança através da eliminação e arrombamento de fechaduras, deixando livre acesso a zonas do edifício onde se encontram laboratórios, serviços administrativos, gabinetes das direções e salas de aula".

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"A facilidade de acesso a registos de dados pessoais e académicos, a materiais de laboratório e tecnológico e a documentos e posses, constitui um risco inaceitável. Também se tornou claro, ao longo destes dias, o aumento da preocupação dos estudantes das duas instituições com possíveis interrupções de atividades previstas, letivas e não letivas", lê-se na nota.

Referindo ainda que "parte substancial dos manifestantes não pertence à comunidade dessas duas Escolas da ULisboa", o reitor e os diretores da Faculdade de Psicologia e do Instituto de Educação "solicitaram a intervenção das autoridades, de forma a repor a segurança de bens, equipamentos e pessoas das suas instituições".

Em comunicado, o Comando Metropolitano de Lisboa confirma que "foi chamada, por solicitação da direcção da Faculdade de Psicologia e do Instituto de Educação, para retirar vários indivíduos do interior da Faculdade de Psicologia e do Instituto de Educação, que estariam a colocar em causa o normal funcionamento daquelas instituições".

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Segundo aquela força de segurança, "a maioria dos manifestantes abandonou de livre e espontânea vontade as instalações da faculdade, permanecendo no seu interior oito ativistas que se recusaram a sair pelos seus próprios meios".

"Após várias ordens de retirada do interior, estes oito ativistas foram alertados para o facto da desobediência a estas ordens culminar na prática de um crime de desobediência. Foram reiteradas as ordens e, na verificação da sua desobediência, foram então detidos oito cidadãos", com idades entre os 19 e os 28 anos, por serem suspeitos da prática do crime de desobediência.

Aquando a saída da PSP com os detidos, os cerca de "30 a 40 ativistas" que se encontravam na via pública, "abeiraram-se da respetiva entrada, cercando as viaturas policiais, alguns deles tendo-se sentado no solo, no intuito de impedirem a sua retirada do local".

Na terça-feira, as direções do Instituto de Educação e da Faculdade de Psicologia, que funcionam no mesmo edifício, referiram que as atividades académicas decorreram com normalidade, apesar do protesto estudantil.

O conflito em curso na Faixa de Gaza foi desencadeado pelo ataque do grupo islamita Hamas em solo israelita de 7 de outubro, no qual morreram cerca de 1.200 pessoas e duas centenas foram feitas reféns, de acordo com as autoridades israelitas.

Desde então, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que causou quase 35.000 mortos, indicou o Hamas, no poder no enclave palestiniano desde 2007.

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