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Moderna: órgãos sociais demitem-se em bloco

Tema do eventual fecho da universidade não foi abordado

Os órgãos sociais da Dinensino, a cooperativa proprietária da Universidade Moderna, demitiram-se esta tarde, durante a assembleia-geral que aprovou o relatório de contas da instituição, noticia a Lusa.

Durante a assembleia-geral não foi abordada uma eventual declaração de falência da cooperativa e o possível fecho da Universidade Moderna por falta de viabilidade financeira, cenário que chegou a ser referido por algumas fontes da Dinensino em declarações à agência Lusa.

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O relatório de contas da Dinensino, segundo o qual o passivo da entidade é de quase 17 milhões de euros negativos, foi aprovado com 48 votos a favor, cinco votos contra e duas abstenções.

Na assembleia-geral estiveram presentes 37 cooperadores, que representaram ainda, com procurações, outros 19 cooperadores da Dinensino.

A demissão da Direccção, do Conselho Fiscal e da Mesa da assembleia-geral da Dinensino tem efeito a partir de 11 de Agosto e o actual vice-reitor da Universidade cessa funções a partir de Setembro. Na reunião ficou ainda decidido fazer uma nova assembleia-geral a 10 de Setembro.

Crise financeira já vem desde há anos

A Universidade Moderna atravessa uma crise financeira que se arrasta há anos e que veio a lume num processo por administração danosa e outros crimes, escândalo que envolveu altas figuras da sociedade, da política e da maçonaria.

O julgamento do «caso Moderna», um dos mais mediáticos da Justiça portuguesa e que decorreu entre 22 de Abril de 2002 e 27 de Outubro de 2003, teve 13 arguidos acusados de crimes que iam desde administração danosa a apropriação ilícita e abuso de confiança, passando por corrupção, burla e associação criminosa.

Este escândalo, que rebentou na opinião pública no início de 1999 e fez correr muita tinta, culminou, após recurso para o Tribunal da Relação de Lisboa, com condenação do «antigo homem forte» da Moderna, José Braga Gonçalves, e de Pedro Garcia Rosado (dois anos de prisão, suspensos por três), antigo assessor de imprensa do ministro da Educação Marçal Grilo.

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