Salários em atraso, milhões de euros de dívidas ao Fisco e à segurança social, despedimentos sem justa causa, decisões do tribunal do trabalho por cumprir, há 15 anos sem credenciação de cooperativa (não tendo direito benefícios por parte do Estado), sem reitor há dois anos, com quase 17 milhões de euros negativos de capitais próprios e com o número de alunos a cair a pique. É esta a radiografia da Universidade Moderna.
O cenário não poderia ser pior e tudo indica que a Universidade Moderna poderá declarar falência. João Cunha e Serra, responsável pelo departamento do Ensino Superior da Fenprof, considera que o encerramento é «inevitável», a menos que aconteça um «milagre», mas aponta também o dedo aos sucessivos ministros que, «durante anos, fecharam os olhos com receio de falências e de terem alunos à porta a protestar».
PUB
Ao PortugalDiário, este sindicalista acrescentou que o actual ministro do Ensino Superior «tinha obrigação de estar atento, de acompanhar a situação com mais acutilância, mais empenho» e, consequentemente, «poderia ter actuado mais cedo», tanto mais que «este problema já se arrasta há muito tempo».
João Cunha e Serra sublinhou ainda que «há situações gravíssimas» e «negócios pouco claros» na instituição, sublinhando que o «património tem vindo a ser delapidado». O importante agora, acrescentou, «é salvar o essencial, garantindo a salvaguarda dos direitos dos docentes, não-docentes e alunos».
PUB