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O dia «D» da Independente

Ministro anuncia hoje se mantém ou se fecha a universidade

O Governo decide esta segunda-feira se encerra ou mantém a Universidade Independente, instituição envolta em polémica desde finais de Fevereiro que na semana passada fez nova promessa de estabilidade ao apresentar a terceira equipa reitoral no espaço de um mês.

Entre comunicados e desmentidos, informação e contra-informação, esgotou-se quinta-feira o prazo dado pelo ministro do Ensino Superior para a reposição integral da normalidade académica e institucional, uma exigência feita pelo Governo para manter aberta a instituição.

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Qualquer que seja o desfecho, os episódios de tomadas de controlo com recurso a seguranças, ocupação das instalações e muita agitação académica ficarão por muito tempo marcadas na história da Independente, a par das suspeitas de burla, fraude e gestão danosa, que já levaram à constituição de três arguidos.

A nova equipa reitoral, presidida por Jorge Roberto e composta pelos vice-reitores Carvalho Rodrigues, Raul Cunha e Rodrigo Santiago, foi formalmente apresentada na passada quarta-feira por Lúcio Pimentel, que reclama ser o presidente da SIDES, a empresa que detém a Universidade.

A constituição desta equipa chegou a ser desmentida no início da semana por Conceição Cardoso e Frederico Arouca, que na altura afirmavam ser os legítimos representantes da empresa, mas estes acabaram por se afastar da instituição, reconhecendo a legitimidade de Lúcio Pimentel, depois de ser emitida, quarta-feira, uma certidão da Conservatória do Registo Comercial a atestar ser ele o responsável máximo da SIDES.

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Desde que começou a crise na Universidade Independente, há pouco mais de um mês, esta é a terceira equipa reitoral apresentada, tendo havido reviravoltas sucessivas no controlo da instituição e da empresa que a detém, disputadas por duas facções em litígio.

A «manifesta degradação pedagógica» da UnI e o «agravamento da situação» face às constantes reviravoltas levaram o ministro do Ensino Superior, Mariano Gago, a ordenar a 29 de Março a instrução de um processo de encerramento compulsivo da universidade, na sequência das averiguações da Inspecção-Geral do Ensino Superior iniciadas um mês antes.

Estipulando um prazo de uma semana para a reposição da normalidade, o ministro criticou duramente a actuação da SIDES, considerando «absolutamente inqualificável a falta de respeito» para com os quase dois mil estudantes da universidade.

Apesar de a nível académico a crise poder acabar hoje com a decisão de Mariano Gago, o caso da Independente promete, no entanto, arrastar-se na justiça, no âmbito das várias investigações em curso.

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