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Milhares afectados com «novos» centros de saúde

Agrupamentos serão criados para substituir as actuais sub-regiões

Os agrupamentos de centros de saúde que serão criados para substituir as actuais sub-regiões abrangerão entre 50.000 e 200.000 pessoas e terão uma direcção clínica própria que avaliará a qualidade dos serviços prestados, foi anunciado esta terça-feira.

«Não se extingue qualquer centro de saúde, eles continuam a ser uma porta aberta à população, apenas se agrupam para efeitos de uma gestão comum», explicou à Lusa o coordenador da Unidade de Missão dos Cuidados de Saúde Primários, Luís Pisco.

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Segundo o responsável disse aos jornalistas, estes agrupamentos vão abranger «200 mil pessoas nas grandes cidades, tipo Lisboa, Porto e Coimbra, e 50 mil, por exemplo, no Alentejo ou em Trás-os-Montes».

Luís Pisco falava em Viseu, no final de uma reunião que contou com a presença dos presidentes das cinco Administrações Regionais de Saúde (ARS) do país, dos directores dos 107 centros de saúde da Região Centro e do ministro da Saúde, Correia de Campos.

O governante frisou que está a ser preparada legislação sobre esta matéria, que «vai entrar em fase de discussão interna no Ministério», não avançando, no entanto, quando poderá estar concretizada a reforma.

«Sei que os senhores jornalistas têm sempre uma apetência muito grande por colocar os seus entrevistados perante um compromisso temporal, eu direi que é o fim do meu mandato no Governo», afirmou.

Luís Pisco explicou que a criação dos agrupamentos dos centros de saúde é uma das duas vertentes da reforma dos cuidados de saúde primários, a par das Unidades de Saúde Familiares, que abrangem, no máximo, 18 mil pessoas.

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«Isto com o objectivo de ter pequenas equipas que os cidadãos possam conhecer bem, que produzam proximidade e qualidade nos cuidados», justificou.

O responsável referiu que actualmente a gestão económica e financeira dos centros de saúde é feita nas 18 sub-regiões do país, um nível intermédio entre os centros de saúde e as ARS que não provou constituir «grande benefício».

Caberá às ARS propor ao ministro da Saúde quais os agrupamentos a criar, sendo que «os primeiros ensaios» apontam para que passem a existir «entre 65 a 70» em todo o país.

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