A BAA, entidade gestora dos aeroportos britânicos, anunciou esta quarta-feira a intenção de iniciar de imediato o processo de venda do aeroporto de Gatwick, o segundo maior do país, aceitando, sem concordar, com o relatório da Comissão de Concorrência.
Em comunicado enviado à Comissão britânica do Mercado de Valores e citado pela «Lusa», Colin Matthews, conselheiro delegado da BAA, afirma que a decisão de vender o aeroporto, com 35 milhões de passageiros anuais, não foi tomada de ânimo leve. Teve em conta funcionários e utentes, que iriam beneficiar com o fim rápido da incerteza sobre o futuro da estrutura.
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Num relatório preliminar divulgado em Agosto, a Comissão de Concorrência tinha defendido que para melhorar a competitividade nos aeroportos a BAA, propriedade da espanhola Ferrovial, deveria vender três das instalações aeroportuárias que gere: dois em Londres (presumivelmente Gatwick e Stansted) e um na Escócia (Edimburgo ou Glasgow).
Em Portugal várias entidades ligadas ao norte do país têm defendido a entrega ao sector privado da gestão do aeroporto Sá Carneiro, no Porto, propriedade da ANA (Aeroportos de Portugal).
A BAA afirma continuar a não concordar com o relatório da Comissão de Concorrência mas considerou que a situação de incerteza gerada em torno de Gatwick teria de ser resolvida, pelo que decidiu iniciar de imediato a sua venda.
O relatório da Comissão de Concorrência torna-se final e de cumprimento obrigatório em Fevereiro-Março do próximo ano, no termo do processo de discussão das conclusões.
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