O delegado do Ministério Público no Tribunal Judicial de Viana do Castelo pediu, esta sexta-feira, penas entre quatro e seis anos de prisão para um professor e um serralheiro acusados de tráfico de estupefacientes.
Nas alegações finais, o procurador sugeriu quatro anos de prisão para o professor e entre quatro anos e meio e seis anos de cadeia para o serralheiro, sendo que o acórdão do colectivo de juízes será proferido a meio da tarde desta sexta-feira.
PUB
O advogado de defesa do professor defendeu que se está perante um «caso nítido» de tráfico de menor gravidade, pelo que pediu a aplicação de uma pena de três anos, suspensa na sua execução, com a obrigatoriedade de o arguido ser acompanhado por um técnico de reinserção social.
O representante adiantou que o arguido era «um grande consumidor» há cerca de três décadas e que a droga que comprava era «quase exclusivamente» para consumo próprio, cedendo apenas algum produto a outros consumidores, dentro de um «espírito solidário que caracteriza os toxicodependentes».
O professor, efectivo numa escola da Póvoa de Varzim, já foi detido três vezes pela PSP de Viana do Castelo, sempre na posse de estupefacientes.
Já a advogada do serralheiro pediu a sua absolvição, por considerar que o seu cliente se trata de «um mero consumidor», mas esta alegação foi entretanto desmentida por algumas testemunhas, que garantiram ter-lhe comprado produto estupefaciente.
PUB