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Pastores evangélicos detidos por pedofilia

Pastor violou 10 raparigas, dizendo que tinham de o ajudar porque um «anjo executor» o tinha enfraquecido

A Polícia Federal brasileira deteve na passada segunda-feira, em Paranaguá (a 98 quilómetros de Curitiba), um casal de pastores evangélicos acusado de pedofilia, notícia a Agência Folha.

O pastor Francisco Vicente Corrêa Filho, de 57 anos, é acusado de violar pelo menos dez raparigas, com idades entre 10 anos e 13 anos. A esposa, Elizabeth Graff, de 41 anos, terá colaborado nos crimes e aliciado as meninas.

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Foram detidos às 9 horas em casa, no bairro Ilha dos Valadares. A polícia encontrou na habitação revistas pornográficas e fotografias de sexo explícito.

A investigação começou há seis meses, depois de a Polícia Federal ter recebido denúncias anónimas contra o casal.

As vítimas foram ouvidas pela primeira vez esta terça-feira pelo delegado João Augusto Carvalhal Santos e confirmaram que o pastor as forçava a praticar sexo.

«Ficaram em prisão preventiva para não influenciarem os depoimentos das vítimas. As raparigas começaram por negar, porque os pastores eram respeitados pela comunidade, mas depois confessaram que praticaram sexo com o pastor», disse o delegado.

No depoimento, as vítimas contaram que Corrêa incorporava um anjo «executor» que o enfraquecia. Para recuperar a força, as meninas tinham de fazer sexo com ele. Se recusassem ou contassem a alguém, o anjo traria doenças e outras enfermidades às suas famílias, ameaçava o pastor.

«As práticas sexuais ocorriam com alguma frequência, principalmente durante as aulas de estudo da Bíblia. Além de fazer sexo com o pastor, eram obrigadas a relacionar-se com quem ele indicasse e ainda a assistir aos actos», conta Santos.

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As práticas sexuais ocorriam no terreno da igreja.

«O casal vai responder por crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente, como violação. Podem apanhar mais de 30 anos de prisão [pena máxima]», garante o delegado.

O advogado do casal, Werner Kovaltchuk, defende que se trata de uma «divergência interna na igreja».

«Não há provas concretas, apenas depoimentos. Quando estiver em posse de toda a informação sobre a situação, vou pedir a revogação da prisão preventiva», disse Kovaltchuk.

O casal vai ser transportado para a Prisão Pública de Paranaguá.

Há cinco anos, o casal fundou a Igreja do Supremo Amor de Cristo. Côrrea é reformado do Corpo de Bombeiros e recebe pensão por invalidez, e Graff estudou enfermagem.

O templo tem cerca de 50 fiéis e funciona no terreno da casa dos pastores. «Eles exerciam uma grande influência sobre a comunidade. Devem ter feito uma lavagem cerebral às pessoas", defende o delegado Santos.

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