Se acha que os saldos são insuportavelmente concorridos e desorganizados em Portugal, pense melhor. Noutros países, o caos ultrapassa o limite do razoável.
Começa no dia 27 de Novembro a época de compras de Natal nos EUA. A chamada Black Friday é um dia de caos nas lojas e nas ruas, e obriga os comerciantes a tomarem medidas para controlar as multidões desenfreadas, que procuram os melhores descontos.
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A «sexta-feira negra» segue-se sempre ao Dia de Acção de Graças (4ª quinta-feira de Novembro) e, por ser o primeiro dia das compras de Natal, caracteriza-se por descontos absurdos.
Apesar de não ser um feriado oficial, muitos trabalhadores têm folga neste dia e as lojas aproveitam para estrear as decorações de Natal, abrindo excepcionalmente cedo. A maioria abre às 5 da manhã, mas alguns grandes armazéns, como o Sears, o Macys e o Wal-Mart, chegam a abrir ainda mais cedo, por vezes, à meia-noite, e ficam abertas 24 horas consecutivas.
Quando abrem as portas, muitas lojas oferecem produtos a preços simbólicos, para atrair clientes (chamados doorbuster deals) e existem mesmo produtos à venda abaixo do custo, ou seja, a loja vende ao cliente final por uma quantia inferior àquela que pagou para o adquirir ao fornecedor.
Wal-Mart com novas regras
No ano passado, as coisas tomaram proporções assustadoras. Os milhares de consumidores invadiram as lojas em euforia e um funcionário da Wal-Mart, um homem de 34 anos, acabou por morrer esmagado pelos clientes. Para evitar que a situação se repita, este ano a cadeia está a preparar medidas drásticas.
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De acordo com o «New York Times», a empresa está a consultar os especialistas que ajudaram a controlar as multidões em eventos como a Super Bowl e os Jogos Olímpicos.
Uma das medidas tomadas pela Wal- Mart é manter as lojas abertas logo desde a noite da quinta-feira de Acção de Graças. Como as lojas estão abertas em contínuo, em vez de abrirem na madrugada de sexta-feira, evita-se que se acumulem centenas de pessoas à porta.
Para evitar que massas de consumidores se precipitem para determinados produtos mais populares, a loja vai colocar os clientes em fila, atendendo-os por ordem de chegada.
Como as lojas Wal-Mart só têm uma entrada, potenciando a acumulação de multidões, haverá funcionários da empresa a distribuir os clientes nas várias direcções, consoante os seus interesses.
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