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Palmela: Ponte encerrada, 60 famílias desperadas

Famílias vão ter de percorrer caminho alternativo com mais de 12 quilómetros

Cerca de 60 famílias da Herdade do Zambujal vão ter de percorrer um caminho alternativo com mais 12 quilómetros devido ao encerramento da antiga ponte ferroviária que constitui a principal ligação à Estrada Nacional 10, em Palmela, Setúbal, noticia a Lusa.

A antiga ponte ferroviária, desactivada nos anos 80, era desde então utilizada como principal acesso rodoviário à aldeia, para pessoas e viaturas, mas a falta de trabalhos de manutenção levou a uma degradação progressiva que obrigou ao encerramento daquela infra-estrutura, por razões de segurança, no passado mês de Março.

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A Câmara de Palmela já tinha colocado sinalização vertical a proibir o trânsito na ponte há cerca de um ano, mas as placas eram constantemente retiradas e ignoradas pelos automobilistas, incluindo condutores de veículos pesados, uma vez que o caminho alternativo, obriga a um percurso adicional de mais 12 quilómetros numa estrada de terra batida.

«Precisamos daquela ponte como de pão para a boca»

«Quando tenho de sair sou obrigada a percorrer umas centenas de metros e atravessar a ponte a pé, com a ajuda do meu marido, porque as minhas filhas têm de deixar o carro no outro lado da ponte», disse Cesarina Mendes, de 76 anos.

«Precisamos daquela ponte como de pão para a boca», corroborou o marido, Acácio Brás, que ainda acredita na possibilidade de um acordo entre o dono da Herdade, a autarquia e a REFER - Rede Ferroviária Nacional.

No entanto, a expectativa dos moradores da Herdade do Zambujal não deverá ser correspondida pela Refer, proprietária da antiga ponte ferroviária, nem pela Câmara de Palmela.

A Refer reconhece que se estabeleceu uma «situação de conforto» com a utilização da antiga ponte ferroviária, mas adianta que só não procedeu à demolição da ponte quando foi desactivada «devido ao interesse manifestado por várias entidades, designadamente pela Herdade do Zambujal e pela Câmara de Palmela».

Contudo, a refere diz que não chegou a haver acordo entre as partes, pelo decidiu proceder à demolição da ponte, «no decorrer de 2007».

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