IL responsabiliza António Costa pela crise política constante que o país vive - TVI

IL responsabiliza António Costa pela crise política constante que o país vive

  • Agência Lusa
  • AM
  • 14 abr 2023, 22:37
Rui Rocha na convenção da Iniciativa Liberal (António Pedro Santos/Lusa)

Rui Rocha assegurou que o partido está disponível para integrar uma solução para mudar Portugal

O presidente da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, responsabilizou esta sexta-feira António Costa pela "crise política constante" que o país vive nos últimos meses e assegurou que o partido está disponível para integrar uma solução para mudar Portugal.

“Quem tem a responsabilidade de governar com uma maioria absoluta é responsável pela situação política do país”, afirmou Rui Rocha, apontando o primeiro-ministro, António Costa, como o responsável pela crise política que o país atravessa.

Reagindo às declarações do chefe do executivo, que hoje defendeu que a “pior coisa que podia haver era inventar uma crise política” em Portugal, o líder da IL lembrou que “a situação do país é de crise política constante, praticamente, nos últimos meses, mas também é de crise económica e social”.

No que diz respeito à crise política, “porque tem uma maioria absoluta e nem isso lhe permite criar alguma estabilidade na gestão do país”, e, quanto “ao acumular de dificuldades sociais e económicas”, porque “não está no poder há apenas um ano, está, praticamente, há oito anos ininterruptos”, justificou.

“Esta falta de soluções que os portugueses encontram na saúde, na educação, nos transportes e na habitação tem um nome, tem um responsável, e esse responsável é claramente António Costa”, vincou.

À margem do plenário fundador do núcleo territorial da IL, nas Caldas da Rainha, no distrito de Leiria, o dirigente liberal mostrou-se disponível para fazer parte de uma alternativa ao Governo socialista, desde “não seja uma solução política nem de circunstância, nem que seja para manter tudo como está”.

Rui Rocha quer “muito transformar o país” e a IL “será sempre parte de uma solução exigente, exigindo a um parceiro que possa fazer parte dessa solução que tenha também essa ambição d transformar o país”, disse, admitindo fazer parte da alternativa de direita que o líder do PSD, Luis Montenegro, considera existir.

Porém, frisou, o partido concorrerá “de forma autónoma, com listas próprias, a eleições nacionais, europeias e regionais” e só depois de conhecidos os resultados eleitorais “estará disponível para, com essas responsabilidade e essa exigência, participar naquilo que possa ser uma solução de transformação de Portugal”.

Antes, no discurso de encerramento do plenário, Rui Rocha afirmou que “a política atual da maioria absoluta do Governo de António Costa está completamente esgotada”, referindo-se a indicadores como “dois milhões de portugueses abaixo do limiar da pobreza” e à emigração de jovens formados para os quais o país “não consegue encontrar solução”.

No rol das criticas à governação socialista, apontou o dedo às “situações que se sucedem” de “ministros que são nomeados e depois se demitem, secretários de Estado que duram 24 horas”, ou as situações que “de degradação da ética e da própria democracia”.

“Quando vemos uma companhia que foi renacionalizada como a TAP a ser gerida da forma que temos visto, com uma agenda claramente política, com secretários de Estado a quem passa pela cabeça, depois de metermos 3.200 milhões de euros dos contribuintes, alterar um voo, por que acha que isso vai satisfazer o Presidente da República, isso é uma indignidade”, exemplificou.

O problema do PS, acrescentou, é “pensar que resolve o que está a acontecer no país atirando sucessivos Carlos Pereira”, disse, aludindo à saída do deputado da Comissão de inquérito da TAP, considerando-a “una manobra de diversão para afastar a crítica severa” a que o Governo tem sido sujeito.

“António Costa esconde-se atrás destes piões, destas personagens”, acusou o presidente da IL, avisando que “isso não pode continuar a acontecer” e que o primeiro-ministro “tem de facto que vir prestar contas aos portugueses”.

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