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Governo admite descer IVA na alimentação. Acompanhe o debate com o Primeiro-ministro no Parlamento

O primeiro-ministro está esta quarta-feira no parlamento, onde se realiza um debate sobre política geral.
2023-03-22
2023-03-22
19:17

Livre pede mudanças na atuação da CGD mas Costa recusa interferências na gestão

O deputado do Livre, Rui Tavares, defendeu que o acionista Estado deve fazer com que a Caixa Geral de Depósitos baixe comissões e promova as taxas fixas, mas o primeiro-ministro recusa interferências na gestão diária do banco público.

Este debate foi travado entre Rui Tavares e António Costa no final da segunda e última ronda do debate sobre política geral na Assembleia da República.

“Olhamos para os juros pagos pelos depósitos, olhamos para as comissões bancárias e ou achamos que está tudo bem ou pensamos onde está o banco público. Qual a razão para serem tão baixos os limites aplicados às isenções de comissões? O que o Governo diz à CGD sobre isto, num momento em que se diz saudável e, portanto, tem folga para tomar decisões estratégicas?”, questionou o deputado do Livre.

Rui Tavares sustentou depois que a CGD, num momento em que a bancada privada “faz tão pouco pelos portugueses”, pode garantir “novos clientes” se baixar as comissões e pagar melhor pelos depósitos.

Na resposta, o primeiro-ministro referiu-se à forma como o Governo atua em relação a empresas com 100% de capital público, como a CGD.

“Mesmo quando as empresas são 100% capital público não são serviços públicos, não estão sujeitas ao poder de direção nem à superintendência. No caso da banca, nem sequer está sujeita à supervisão por parte do Governo”, frisou.

De acordo com António Costa, o Estado, enquanto acionista, “deve garantir o valor estratégico de haver um grande banco público, com raiz nacional”.

“Mas nunca interferimos na gestão diária ou comercial da administração da CGD. E é graças a isso que a conversão da CGD tem sido um caso de sucesso. Deve continuar a ser gerida de modo profissional e sem envolvimento político na decisão da sua gestão, seja ao nível laboral, seja em matéria comercial”, afirmou.

2023-03-22
19:15

PAN contra a aplicação do Simplex Ambiental

A deputada do PAN, Inês de Sousa Real, insurgiu-se contra a aplicação do Simplex Ambiental, referindo casos de abate de património natural em vários pontos do país “em nome da transição energética”.

Inês de Sousa Real defendeu mesmo a revogação desta legislação e o início de um novo processo “com consulta pública a todas as entidades e à academia, acompanhando as críticas das organizações não organizações não governamentais”.

“Não podemos transformar a transição energética numa anedota nacional”, rematou.

O primeiro-ministro contrapôs que Portugal tem de continuar a investir em energias renováveis, designadamente no solar.

Na perspetiva do primeiro-ministro, o Simplex Ambiental “visa agilizar os investimentos, designadamente na produção de energia solar ou nas energias de gases renováveis, como o hidrogénio verde”.

“Devemos interrogar-nos como um país como Portugal tem menos energia elétrica produzida a partir do solar do que a Dinamarca”, apontou.

Depois, dirigiu-se a Inês Sousa Real: “A senhora deputada diz-se que é feio [a instalação de energia solar], mas é muito pior não cumprirmos o objetivo da neutralidade carbónica”.

2023-03-22
18:31

Costa abre a porta a aumentos extraordinários na Função Pública

Primeiro-ministro anunciou que poderá rever os salários na Função Pública, tendo em conta a inflação. Além disso, anuncia que vão avançar apoios às famílias mais carenciadas
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2023-03-22
18:31

Governo admite reduzir IVA dos alimentos se preços descerem mesmo

Costa revelou que vai haver “ajudas de Estado à produção para diminuir os custos” e será procurado um “equilíbrio entre a redução do IVA e a garantia de que há uma redução" dos preços dos alimentos
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2023-03-22
18:24

Catarina Martins: "Não há confiança, nem estabilidade no país"

Catarina Martins diz que no país "não há confiança nem estabilidade” porque os preços aumentam todos os dias e a resposta do Governo é “pouco mais do que zero”.

“O país não aguenta mais anúncios que são pouco ou nada”, diz a líder do Bloco de Esquerda, considerando que aquilo que se espera de sexta-feira “umas pequenas medidas”.

Catarina Martins diz ainda que as contas não são certas, são “mal feitas” e que apenas servem para o primeiro-ministro fazer um "brilharete no défice" enquanto o país se vê a braços com problemas na saúde, na educação e nos transportes.

Costa responde, contrariando a líder bloquista, dizendo-lhe que a "capacidade de margem orçamental serve para responder à incerteza".

"Está enganada quando diz que as contas certas servem para fazer um brilharete. Essa capacidade de margem orçamental serve para responder à incerteza. Se não tivéssemos tido, acha que o país era capaz de responder ao impacto da pandemia?", afirma Costa, criticando ainda Catarina Martins por desprezar "as migalhas".

"Na sexta-feira, quando pudermos apoiar as famílias mais carenciadas e intervir nos preços é porque fizemos uma boa gestão orçamental. Ninguém sabe se daqui a alguns meses não temos de tomar novas medidas. Esperemos que não, mas estejamos preparados para tudo".

2023-03-22
18:12

PCP lembra trabalhadores da CP que estão numa situação "inadmissível"

Paula Santos, do PCP, traz ao debate o pacote da Habitação, do qual diz ser "extremamente crítico” por considerar que quem vai sair beneficiado é quem lucrou com a especulação.

Costa responde que “quando a poeira assentar” e todos olharem bem para as propostas “haverá maior razoabilidade”.

A deputada do PCP questiona também o primeiro-ministro sobre os trabalhadores dos bares dos comboios da CP que estão numa situação "inadmissível", "resultado da entrega a privados de serviços que deviam ser públicos”.

O primeiro-ministro diz que "não toma decisões por conta da administração da CP e esses trabalhadores não são da CP mas de uma empresa que presta serviços à CP".
 

2023-03-22
18:05

Costa aconselha portugueses "que mudem para o regulado para se protegerem contra o aumento dos preços"

Pedro Pinto questiona então Costa sobre a redução de preços na fatura do gás e da electricidade quando as famílias e empresas estão na realidade a pagar mais. Costa acaba a explicar como funciona o aumento dos preços e deixou uma sugestão aos consumidores.

"Porque é que o preço do gás sobe brutalmente? Porque a Europa importava gás da Rússia. O Governo introduziu uma lei que permite aos consumidores mudarem do mercado livre para o mercado regulado. O que eu aconselho é que mudem para o regulado para se protegerem contra o aumento dos preços".

Continuando no tema dos aumentos, o deputado do Chega confronta o primeiro-ministro com o aumento das portagens "que os senhores dizem que baixaram e não baixaram".

"Digam a verdade aos portugueses. Aumentaram as portagens".

Costa responde, dizendo que convém "não misturar meias verdades que significam também meias mentiras e ficamos só pela verdade".

2023-03-22
17:55

Chega questiona Costa sobre as diferenças entre o "SNS de Marta Temido e Manuel Pizarro"

Pedro Pinto, do Chega, começa por mostrar o seu desagrado com os debates de dois em dois meses com a presença do primeiro-ministro, para depois o lembrar que o partido tem “boa memória” e que é por isso que “lidera a oposição”.

O deputado do Chega diz mesmo que o Governo está "a prazo" e que a maioria está "cansada e desgastada", antes de atacar as falhas na saúde, questionando quais a diferenças entre "o SNS de Marta Temido e Manuel Pizarro".

"Os SNS não são dos ministros, são dos portugueses, e por isso não mudam por mudar os ministros", lembrando que faz distinção entre quem sempre apoiou o SNS e quem desde o princípio quis acabar com ele. “O senhor deputado como não tem historial pode escolher de que lado está. (...) Escolha lá onde é que quer estar”.