Em apenas seis meses foram feitos 55 pedidos de ajuda por dia junto da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), um total de 14.398 queixas, avança o jornal Público. Um em cada dez relatos diz respeito a violência de pais contra filhos.
De acordo com os dados facultados pela entidade, há mais oito queixas por dia face ao mesmo período do ano passado e esta tendência crescente pode fazer de 2024 um ano ainda mais negro ao nível da violência doméstica. Caso o segundo semestre apresente um número semelhante de pedidos de ajuda, o ano pode terminar com cerca de 28 mil participações, mais quatro mil do que as registadas em 2023.
De acordo com o jornal, a violência doméstica dentro de um contexto amoroso continua a ser mais recorrente, mas há um crescimento dos casos de agressão de pais contra filhos, representando quase 10% das denúncias apresentadas nestes primeiros seis meses do ano. Há também um aumento de queixas relacionadas com crimes sexuais contra crianças e jovens, tendo já sido feitas mais de mil participações (no ano passado, no total, foram apresentadas 1.760 denúncias).
O Público reporta ainda que há mais queixas relativas a episódios de discriminação e incitamento ao ódio e à violência, tendo em seis meses sido atingido quase o total de participações feitas em todo o ano passado (180 e 193, respetivamente).